Saúde

Combate Nacional ao Aedes aegypti

O fim do ano no Brasil é um período de celebração, mas também traz consigo um desafio crescente. As chuvas intensas e o aumento das temperaturas criam o ambiente perfeito para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o vetor de várias doenças graves. Em 2023, o país registrou um aumento preocupante de 15,8% nos casos de dengue, totalizando 1.601.848 casos até 2 de dezembro.

Os estados mais afetados foram Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás. Infelizmente, o número de mortes também aumentou, com um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2022.

Publicidade

A situação da Zika também é motivo de preocupação, com um aumento de 1% nos casos registrados de janeiro a agosto, totalizando 7.275 casos, com uma morte ainda sob investigação.

Por outro lado, houve uma redução de 43% nos casos de chikungunya em comparação com o mesmo período de 2022, com 149.901 casos e 100 mortes, um aumento de 7,5%.

Sintomas e Diagnóstico

As três arboviroses mais conhecidas – dengue, zika e chikungunya – têm sintomas semelhantes, mas também apresentam diferenças significativas, principalmente na evolução do quadro clínico. Segundo o médico infectologista e professor da Faculdade Bahiana de Medicina, Robson Reis, é importante buscar uma unidade de saúde ao primeiro sinal de suspeita, pois alguns pacientes apresentam maior risco de complicações.

Histórias Pessoais

A jornalista baiana Janayna Moradillo, que foi diagnosticada com zika na adolescência, lembra que a recuperação foi lenta, mas ela não precisou ser internada. Ela conta que a dor nas articulações era tão intensa que seu pai teve que carregá-la para casa e colocá-la na cama.

Prevenção e Investimentos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que os possíveis efeitos do El Niño podem contribuir para o aumento de casos no verão, além do ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil.

O Dr. Robson Reis enfatiza que, além de usar repelente para evitar o mosquito, a medida mais importante é eliminar a água parada, que serve como criadouro para o mosquito.

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 256 milhões para combater as arboviroses no país. Destes, R$ 111,5 milhões serão efetivados até o fim de 2023, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti, sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios.

Redação Revista Amazônia

Published by
Redação Revista Amazônia

Recent Posts

Sol artificial” da China quebra recorde de fusão nuclear ao gerar um ciclo constante de plasma por 1.066 segundos

Em 20 de janeiro de 2025, o reator de fusão experimental chinês EAST estabeleceu um…

20 horas ago

4 passos para plantar alecrim em vasos e ter ervas frescas o ano todo

O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma erva aromática muito popular, conhecida por seu aroma marcante…

21 horas ago

Calor extremo matará milhões de pessoas na Europa

Mais 2,3 milhões de pessoas em cidades europeias podem morrer como resultado do calor e…

21 horas ago

Mudanças no ciclo global da água

Em um artigo publicado recentemente, cientistas da NASA usam quase 20 anos de observações para…

22 horas ago

A Terra está “fora do caminho”

O aquecimento global está rapidamente saindo do controle, alertou  o Met Office. De acordo com o meteorologista,…

2 dias ago

Como incorporar o capim-do-Texas em seus canteiros e muros

O capim-do-Texas (Pennisetum setaceum) é uma excelente opção para quem deseja um jardim exuberante e…

2 dias ago

This website uses cookies.