Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O 21º Acampamento Terra Livre (ATL), realizado com a presença de representantes indígenas de todas as regiões do Brasil, reforçou o papel essencial dos povos originários na preservação das florestas e no enfrentamento das mudanças climáticas. Durante o encontro, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) esteve ativamente envolvido, apresentando suas ferramentas de monitoramento territorial desenvolvidas em parceria com organizações indígenas.
A pesquisadora Paula Guarido, coordenadora do núcleo de estudos indígenas do IPAM, explicou que a participação no ATL reforça o compromisso da instituição com os povos indígenas:
“Apoiamos o espaço de monitoramento territorial da COIAB, oferecendo dados específicos solicitados pelas lideranças por meio do ACI-SOMAI. Também atuamos no cadastramento de brigadas voluntárias indígenas e no apoio à formação de novas redes de vigilância territorial, fundamentais para a defesa dos territórios”.
Vanessa Apurinã, gerente de monitoramento territorial da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), destacou a importância da colaboração com o IPAM:
“Essa agenda de monitoramento reúne esforços de parceiros comprometidos com a causa. O IPAM tem sido fundamental tanto no fortalecimento da nossa equipe quanto na formação dos agentes de monitoramento. Além disso, os dados gerados contribuem diretamente para ações judiciais que visam proteger nossos territórios”.
Além das plataformas SOMAI e ACI, o IPAM também apresentou a ferramenta MapBiomas, que permite o acompanhamento de indicadores como desmatamento, focos de incêndio e áreas de mineração nos territórios indígenas. Durante a demonstração, os pesquisadores ensinaram como acessar os dados e aplicá-los em ações de defesa ambiental.
O analista de pesquisa João Paulo Ribeiro destacou a importância da escuta ativa durante o ATL:
“Eventos como o Acampamento Terra Livre nos permitem ouvir as demandas das comunidades e adaptar nossas ferramentas para que elas atendam às necessidades reais de quem vive e protege esses territórios”.
A participação do IPAM no ATL reafirma a importância da ciência colaborativa e do uso estratégico de tecnologias voltadas à autonomia indígena na gestão de seus territórios. Com iniciativas que unem dados científicos à sabedoria tradicional, o Instituto contribui para a construção de um modelo de conservação que reconhece os povos indígenas como protagonistas da sustentabilidade amazônica.
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