Nobre, que participou de cinco estudos sobre a Amazônia brasileira apresentados na 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP28) em Dubai, explicou que o período de seca na região tem aumentado nas últimas décadas. Este é um claro sinal de que o chamado ponto de não retorno, ou seja, a “savanização” do bioma, está próximo.
“Estamos muito próximos desse ponto de não retorno porque em todo o sul da Amazônia a estação seca está muito mais longa. Essa estação era de três a quatro meses. Hoje, está de quatro a cinco meses. Se chegar de cinco a seis meses em duas décadas, se continuarmos nessa direção, já é um clima de savana tropical, do cerrado e não mais um clima da Amazônia”, afirmou Nobre.
O especialista citou como exemplo da perda de vitalidade do bioma, que é fundamental para deter o aquecimento global, o fato de no sul do Pará e no norte de Mato Grosso a floresta amazônica já se ter tornado uma fonte de carbono. Isso significa que a floresta está emitindo mais carbono na atmosfera do que é capaz de absorver.
Mas por que a estação seca na Amazônia está ficando mais longa? Nobre aponta para uma combinação complexa e sinergética de fatores. “É uma combinação complexa, sinergética, entre o aquecimento global que está fazendo os fenômenos se tornarem mais extremos”, afirmou, mencionando o El Niño, um fenômeno climático natural que ocorre em média a cada dois a sete anos, associado ao aumento das temperaturas.
A situação é grave e requer ação imediata. A transformação da Amazônia de uma floresta tropical para uma savana teria implicações devastadoras para o clima global e a biodiversidade. É imperativo que tomemos medidas para combater as mudanças climáticas e preservar a Amazônia para as gerações futuras.
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