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Acre Estuda Realocar Cidade Inteira Devido as Inundações

 

Brasileia, uma cidade no Acre, está enfrentando uma inundação catastrófica, com 75% de sua área submersa devido a chuvas intensas e a cheia do Rio Acre. Situada na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, na região amazônica, a cidade teve 20 de suas pontes arrasadas, bloqueando as principais rotas terrestres de conexão com outras regiões.

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Não apenas Brasileia, mas outros 18 municípios do Acre também estão em estado de emergência por causa das enchentes do rio. No total, cerca de 120 mil habitantes do estado foram afetados, incluindo pessoas desabrigadas e desalojadas. Segundo os órgãos de Proteção e Defesa Civil do Estado, essa é a maior catástrofe ambiental já registrada no Acre.

A Enchente do Rio Acre

Há alguns meses, a região amazônica estava passando por uma seca severa. Agora, com a chegada do período de chuvas, ocorrem inundações. Conforme os registros públicos, o Rio Acre atingiu seu nível mais alto do ano, com 17,89 metros. Essa marca é a segunda maior desde o início dos registros em 1971.

Especialistas atribuem a situação climática do Acre à influência de pelo menos três fatores: o El Niño, o atraso da estação chuvosa na Amazônia e o aquecimento das águas do Oceano Atlântico. As mudanças climáticas já foram apontadas como uma possível causa para o aumento da temperatura das águas do Atlântico. Isso, juntamente com o aquecimento do Oceano Pacífico, atrasou o chamado “inverno amazônico”, que é o período de chuvas intensas.

A Situação em Brasileia

Embora Brasileia não seja a única cidade em estado de emergência no Acre, a situação lá é particularmente grave. Além de ter a maior parte de seu território inundado, de ter residentes desalojados e a infraestrutura pública destruída, a cidade está praticamente isolada do restante do Brasil.

Mesmo que a cidade se recupere rapidamente, ela pode voltar a ser inundada em 11 meses, quando o período chuvoso começar novamente. Por isso, as autoridades locais estão considerando a possibilidade de mudar a cidade de lugar.

A proposta é realocar as construções para áreas mais altas, para evitar as regiões mais baixas que são facilmente inundadas. No entanto, ainda não há confirmação de que o plano será implementado.

Redação Revista Amazônia

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