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Alagoas e DF tornam-se referências no Brasil com fim dos lixões e avanços ambientais

Alagoas fez história ao se tornar o primeiro estado do Nordeste a eliminar completamente os lixões em seus 102 municípios. Esse feito coloca o estado ao lado do Distrito Federal, sendo as únicas regiões do Brasil a alcançar esse marco. A conquista foi confirmada por um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicado em novembro de 2024, destacando a importância da gestão eficiente de resíduos sólidos para a sustentabilidade.

Alagoas como modelo de gestão ambiental

A erradicação dos lixões em Alagoas reflete o impacto positivo de políticas públicas bem implementadas na melhoria da qualidade de vida e na preservação ambiental. Além de resolver o problema dos lixões, o estado se destaca na gestão de resíduos especiais, como os industriais e hospitalares, com 82,4% de cobertura, superando a média nacional de 81%. A regularização dos serviços de manejo de resíduos nos 102 municípios coloca Alagoas como um modelo a ser seguido por outras regiões do Brasil e do Nordeste.

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Outros estados, como Pernambuco, estão próximos de alcançar esse marco, com apenas uma cidade ainda mantendo lixões. Isso indica que, gradualmente, outros estados podem seguir os passos de Alagoas, inspirados pelo sucesso local.

Avanços significativos em saneamento básico

O progresso no saneamento básico foi fundamental para a erradicação dos lixões em Alagoas. O levantamento do IBGE mostrou que todos os municípios do estado têm acesso a serviços de abastecimento de água, limpeza urbana e manejo de resíduos. Além disso, indicadores positivos incluem:

  • 81,3% dos municípios com sistemas de esgoto;
  • 92% dos municípios com drenagem e manejo de águas pluviais;
  • 71 municípios aplicando sanções contra a destinação inadequada de resíduos.

Apesar dessas conquistas, o estado ainda enfrenta desafios, principalmente nas áreas do semiárido, como o Polígono das Secas, onde as condições climáticas dificultam a implementação de infraestrutura para drenagem e manejo de águas.

Desafios que permanecem no horizonte

Embora a erradicação dos lixões seja um grande avanço, ainda existem lacunas no saneamento básico em algumas cidades. Somente 36,3% dos municípios possuem políticas consolidadas de saneamento básico, e 45% têm planos de ação específicos. Isso indica que mais da metade dos municípios ainda precisam de investimentos para estruturar um sistema mais eficaz e garantir a continuidade dos progressos.

Outro ponto crítico é a falta de políticas de conscientização ambiental. Apenas 21,57% dos municípios de Alagoas estão com iniciativas educativas em andamento, abaixo da média nacional de 30,8%. A implementação de campanhas educativas, a inclusão de temas ambientais no currículo escolar e a realização de mutirões de limpeza são algumas das ações que podem fortalecer a cultura de preservação no estado.

Alagoas inspira o Brasil e o Nordeste

O exemplo de Alagoas mostra que é possível superar desafios históricos com ações integradas entre o governo, a iniciativa privada e a sociedade. A eliminação dos lixões no estado reforça a necessidade de políticas públicas eficazes e investimentos em infraestrutura para garantir um futuro mais sustentável.

A experiência de Alagoas serve de inspiração para outros estados do Nordeste e do Brasil, que agora têm a oportunidade de avançar nas questões ambientais e consolidar conquistas na gestão de resíduos. A pesquisa nacional de saneamento básico, que será atualizada em 2025, deve revelar mais progressos em outras regiões.

O marco conquistado por Alagoas é um passo importante para a gestão ambiental no Brasil, melhorando a qualidade de vida da população e motivando outras áreas a enfrentar os desafios do manejo de resíduos. A erradicação dos lixões, juntamente com os avanços no saneamento básico e a educação ambiental, é o caminho para um futuro mais limpo e sustentável. O exemplo de Alagoas comprova que, mesmo diante das dificuldades, é possível transformar desafios em oportunidades e avançar rumo a um Brasil mais verde e saudável.

Redação Revista Amazônia

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