As “gambas al ajillo”, iguaria espanhola, pode se extinta devido as alterações climáticas - Fonte: Choi sungwoo on Unsplash
Os efeitos das mudanças climáticas continuam a afetar profundamente os alimentos essenciais em várias partes do mundo, com algumas culturas emblemáticas à beira da extinção. A mais recente vítima dessas alterações climáticas foi a mostarda de Dijon, cujo fornecimento foi severamente impactado, levando até mesmo os supermercados franceses a limitar a compra para um único frasco por cliente.
As condições meteorológicas extremas, como secas, ondas de calor, incêndios e inundações, estão causando danos irreparáveis a cultivos essenciais, desde o trigo até o café, afetando não apenas a oferta global, mas também ameaçando pratos tradicionais de diversas culinárias. Imagine, por exemplo, a Bélgica sem suas famosas batatas fritas, ou a França sem uma baguete de “jambon beurre” acompanhada de mostarda Dijon. Na Turquia, o húmus pode desaparecer das mesas, e a Noruega corre o risco de perder o seu tradicional “gravlax” de salmão curado.
A Bélgica, famosa pelas suas “frites” servidas com maionese, está sofrendo com a escassez de batatas devido a inundações e condições climáticas extremas. Especialistas alertam que, até 2050, a produção de batatas poderá cair até 9%, afetando pratos icônicos do país. Além disso, a mostarda de Dijon, outro clássico francês, enfrentou uma grave escassez nos últimos anos, devido à seca prolongada no Canadá, maior produtor mundial do ingrediente. Isso levou os supermercados franceses a impor limites de compra, e a previsão é de que esse problema continue a afetar o mercado.
A Turquia, famosa pelo uso do grão-de-bico em seus mezze, pode ver uma redução significativa na produção desse ingrediente devido às secas frequentes, que comprometem as colheitas. Da mesma forma, a Espanha, maior produtora mundial de azeite, enfrenta uma queda na produção, com a seca e as temperaturas extremas impactando a produção de azeitonas, o que ameaça pratos como o “allioli” e as “gambas al ajillo”.
A Noruega também corre o risco de perder uma de suas especialidades mais queridas: o “gravlax” (salmão curado). O aumento das temperaturas da água e a proliferação de piolhos marinhos têm prejudicado a indústria pesqueira, e a escassez de salmão pode afetar pratos tradicionais. As mudanças climáticas têm causado dificuldades para os produtores de salmão, que enfrentam altos índices de mortalidade nos peixes.
Embora muitos alimentos tradicionais estejam em risco devido ao aquecimento global, algumas culturas estão prosperando. No País de Gales, por exemplo, as algas marinhas estão ganhando popularidade como um superalimento sustentável, com grande potencial para a agricultura oceânica regenerativa. Além disso, a produção de pistácios nos EUA está se expandindo, já que essa cultura é mais resistente à seca do que outras, como a amêndoa, e pode se adaptar aos padrões climáticos extremos.
O vinho, tradicionalmente associado a climas específicos, também encontra novas oportunidades à medida que os climas de países como o Reino Unido e a Suécia se tornam mais favoráveis à viticultura, oferecendo um novo horizonte para a indústria vinícola.
As mudanças climáticas estão reconfigurando o cenário alimentar global, colocando em risco algumas das mais queridas tradições culinárias, enquanto outras, mais adaptáveis, surgem como promissoras alternativas.
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