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Estados da Amazônia buscam espaços exclusivos na Blue Zone e Green Zone da COP 30

Os governadores que integram o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) reuniram-se nesta quarta-feira (12), em Brasília, para discutir a participação dos estados amazônicos na 30ª Conferência das Partes (COP 30) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.

Encontro

Durante o encontro, foi pactuado o interesse em montar estruturas próprias nas áreas Blue Zone (Zona Azul) e Green Zone (Zona Verde) da conferência, com o objetivo de fortalecer a presença e o protagonismo da Amazônia no maior evento climático do mundo.

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O presidente do CAL e governador do Pará, Helder Barbalho, destacou a importância de os estados amazônicos liderarem as discussões durante a COP 30. “Seremos sede do maior evento climático do planeta, e o consórcio não poderia pensar diferente. A Amazônia precisa mostrar o que está fazendo e apresentar propostas e soluções para uma região viva, com floresta preservada e o povo sendo cuidado, dentro de um modelo de desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Entendendo as zonas da COP

A estrutura física da COP é dividida em duas áreas principais: a Blue Zone, onde ocorrem as negociações oficiais entre os países participantes, e a Green Zone, espaço dedicado a eventos paralelos, exposições e atividades interativas, aberto ao público e a organizações da sociedade civil.

Na Blue Zone, representantes dos governos e observadores credenciados discutem e negociam acordos climáticos globais. Já a Green Zone é um ambiente mais dinâmico, onde ONGs, empresas, instituições acadêmicas e outros atores podem apresentar iniciativas e debater temas relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente.

A estratégia dos estados amazônicos

O secretário executivo do CAL, Marcello Brito, explicou que a presença dos estados amazônicos nas duas zonas é fundamental para ampliar sua visibilidade e influência durante a conferência. “Na última COP, a UNFCCC limitou o número de credenciamentos na Blue Zone. Em uma COP realizada no Brasil, não podemos deixar de falar com todos os públicos. Por isso, pretendemos estar presentes nas duas áreas, promovendo eventos e estabelecendo contatos diretos com o setor privado, financiadores, organismos internacionais e a sociedade civil”, disse.

Brito adiantou que os estados da Amazônia Legal planejam abordar temas como uso da terra, sistemas alimentares, sistemas minerários, financiamento climático, adaptação climática, transição energética, conservação de ecossistemas e justiça climática. “Queremos mostrar ao mundo como a Amazônia está lidando com esses desafios e quais soluções estamos desenvolvendo”, completou.

Participação dos governadores

Além de Helder Barbalho, participaram da reunião os governadores do Amazonas, Wilson Lima; do Acre, Gladson Cameli; do Mato Grosso, Mauro Mendes; e do Maranhão, Carlos Brandão. Também estiveram presentes os vice-governadores de Roraima, Edilson Damião, e de Rondônia, Sérgio Gonçalves da Silva. Juntos, eles reforçaram a necessidade de garantir que a Amazônia tenha um espaço de destaque na COP 30, tanto nas negociações oficiais quanto nas atividades paralelas.

Próximos passos

O Consórcio da Amazônia Legal seguirá os trâmites estabelecidos pela UNFCCC para obter a liberação dos espaços e a montagem das estruturas necessárias. A expectativa é que a proposta seja bem recebida, considerando a relevância global da Amazônia no combate às mudanças climáticas e o fato de a conferência ser sediada em Belém, no coração da região.

A COP 30 será uma oportunidade única para os estados amazônicos apresentarem suas iniciativas e desafios ao mundo, além de fortalecer a cooperação com outros países que compartilham o bioma amazônico, como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Com espaços próprios na Blue Zone e Green Zone, a Amazônia espera não apenas ampliar sua voz, mas também inspirar ações globais em prol da sustentabilidade e da preservação ambiental.

Redação Revista Amazônia

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