A Amazônia está enfrentando uma crise sem precedentes. Os estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará registraram os menores índices de chuva desde 1980 entre julho e setembro. Além disso, o rio Negro atingiu seu nível mais baixo desde 1902, quando as medições começaram. Esta seca intensa, a pior em um século, é atribuída ao fenômeno El Niño, mas também há indícios de que esteja ligada às mudanças climáticas.
O El Niño é um fenômeno que provoca alterações na temperatura do oceano Pacífico Tropical e na atmosfera, resultando em mudanças nos padrões de vento e precipitação em várias partes do mundo. Em geral, ele aumenta a frequência de sistemas frontais na região Sul, causando um aumento nas precipitações e uma diminuição das chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Especialistas que participaram do webinário “Eventos Climáticos Extremos em Ano de El Niño”, promovido pela FAPESP, alertaram para a gravidade da situação. Eles destacaram que o desmatamento da Amazônia agrava a seca, pois reduz a evapotranspiração, ou seja, a emissão de vapor d’água pela floresta que forma as chuvas.
A seca já está afetando a população local na Amazônia. Comunidades ribeirinhas estão ficando isoladas devido à diminuição dos níveis dos rios; botos e peixes estão morrendo devido ao aumento da temperatura da água; a produção de energia elétrica está sendo comprometida; e as queimadas estão causando danos ao meio ambiente.
Além disso, um estudo recente estima que as perdas econômicas globais relacionadas aos El Niños de 1982-1983 e 1997-1998, que duraram até cinco anos, foram de aproximadamente US$ 5 trilhões. “Estamos caminhando para outro evento desse porte”, alertou Regina Rodrigues, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os especialistas enfatizam a necessidade de monitorar a situação da escassez de chuvas mês a mês e adotar ações adequadas para mitigar seus impactos. Eles também destacam a importância de aprofundar os estudos para avaliar a associação com as mudanças climáticas.
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