Os pesquisadores investigaram se pessoas com doença de Parkinson apresentam atividade eletrocortical cerebral distinta dos indivíduos saudáveis durante a caminhada. Para isso, eles realizaram um experimento com 29 adultos de 70 anos, sendo 14 saudáveis e 15 pacientes com Parkinson. Os participantes foram recrutados no banco de dados do Laboratório de Estudos da Postura e da Locomoção da Unesp, no campus de Rio Claro.
Os cientistas pediram aos participantes que caminhassem em torno de um circuito oval, com duas retas paralelas e duas curvas longas, sobre um tapete com sensor de pressão que registrava o padrão de caminhada. Eles observaram que os indivíduos com Parkinson caminhavam mais devagar, com passos mais curtos e mais variáveis.
A equipe utilizou uma técnica chamada eletroencefalografia, que registra a atividade elétrica que chega ao nível do escalpo. Eles conseguiram registrar a atividade de milhares de neurônios que ultrapassam tecidos e ossos. Ao quantificar a força dessas frequências, eles conseguiram comparar as pessoas com e sem Parkinson para ver se existia alguma alteração relacionada à doença.
Essa descoberta abre uma janela para intervenções mais precisas nessas áreas específicas, incluindo as chamadas estimulações cerebrais não invasivas. Isso poderia levar a tratamentos mais eficazes para a doença de Parkinson no futuro. Além disso, a equipe também observou que, quando os pacientes tomavam a medicação dopaminérgica, a proporção de ondas rápidas aumentava e essa mudança na atividade cerebral estava associada ao benefício que o remédio trazia para a caminhada da pessoa.
Este estudo representa um avanço significativo na nossa compreensão da doença de Parkinson. Ele não apenas identifica uma área específica do cérebro que é afetada durante a caminhada em pacientes com a doença, mas também sugere possíveis intervenções para tratar essas áreas. Com mais pesquisas, essas descobertas podem levar a tratamentos mais eficazes e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson.
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