Em 2024, a bioeconomia na região amazônica alcançou marcos importantes, impulsionados por iniciativas que associam desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Eventos como a ExpoAmazônia Bio & TIC 2024, em Manaus (AM), e o Bioeconomy Amazon Summit, em Belém (PA), reforçaram o papel da bioeconomia como uma alavanca para o desenvolvimento sustentável da região, promovendo a integração entre ecossistemas naturais e tecnologia.
Esses encontros sublinharam a importância de estratégias sustentáveis para o uso da Amazônia, aproveitando o potencial do maior bioma do mundo de maneira responsável, enquanto a tecnologia da informação pode acelerar o crescimento econômico da região, minimizando os obstáculos estruturais locais, como a limitada infraestrutura.
Com a realização da COP 30 no Brasil e o crescente número de inovações voltadas à bioeconomia, 2025 se projeta como um ano chave para consolidar a Amazônia como centro de soluções para o futuro sustentável do planeta, mesclando conservação, tecnologia e novas formas de negócios.
O avanço da bioeconomia na Amazônia deve se intensificar em 2025, com um foco cada vez maior em tecnologias digitais e modelos de negócios sustentáveis. A COP 30, que acontecerá em Belém (PA), é uma vitrine para o Brasil afirmar sua liderança em sustentabilidade e sua responsabilidade na preservação da floresta. Segundo Vania Thaumaturgo, Head de Relações Institucionais da Bertha Capital, iniciativas como o Mapeamento de Negócios da Bioeconomia na Amazônia, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), são fundamentais para direcionar investimentos e políticas públicas.
Entre as inovações mais promissoras, destaca-se o uso de tecnologias como blockchain para garantir a rastreabilidade de produtos, plataformas digitais que conectam produtores locais a mercados internacionais e aplicativos de monitoramento para práticas de manejo sustentável. Além disso, a economia circular ganha força, com negócios que transformam resíduos da agroindústria e do extrativismo em novos produtos, ajudando na regeneração da floresta e promovendo um baixo impacto ambiental.
O apelo por produtos ecológicos e sustentáveis continua a crescer. De acordo com pesquisa da Neogrid, 37% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos que sigam princípios sustentáveis. Esse movimento impulsiona o surgimento de novos negócios e startups. A Plataforma Jornada Amazônia, por exemplo, tem apoiado mais de 300 empresas com o objetivo de fortalecer a bioeconomia e criar soluções que beneficiem a floresta de maneira econômica e socialmente responsável.
Diante dos desafios climáticos, a urgência por soluções inovadoras é clara. Iniciativas voltadas para reflorestamento, controle de incêndios, redução de emissões de carbono e novas tecnologias de transporte e energia estão no horizonte, com grande potencial para impactar positivamente a região.
A Jornada Amazônia, com seu conceito de “Alvos de Inovação”, desenvolvido com apoio da Fundação CERTI, identificou áreas chave para o fortalecimento da competitividade da floresta em pé. Victor Moreira, coordenador da iniciativa, destaca que esses alvos representam oportunidades significativas para empreendedores e empresas da bioeconomia.
Essas iniciativas ilustram o vasto potencial da bioeconomia para promover um desenvolvimento sustentável na Amazônia, ao mesmo tempo em que beneficiam as comunidades locais e o meio ambiente. Para Victor Moreira, a bioeconomia na região é um modelo promissor de progresso que integra inovação, preservação e inclusão.
Com inovações em tecnologia, novas formas de negócios e um foco contínuo na preservação da floresta, a Amazônia está em um ponto de inflexão. O ano de 2025 promete ser um marco na consolidação de um modelo de bioeconomia que beneficie tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais, proporcionando uma base sólida para um futuro mais sustentável.
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