A Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia realiza, de 12 a 22 de maio, o evento Pan-Amazônia em Rede: Fórum de Inovação e Investimentos na Bioeconomia, com o objetivo de fomentar a conexão, a inovação e a convergência entre diversos setores que atuam pela construção de uma bioeconomia sustentável na Pan-Amazônia. A programação contará com 15 sessões temáticas, distribuídas ao longo de duas semanas, totalmente online e com inscrição gratuita.
Com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do programa de coordenação regional Amazônia Sempre, e inspirado no Fórum de Investimentos e Inovação na Bioeconomia Amazônica (F2iBAM) de 2021, esta segunda edição amplia o foco regional, promovendo coordenação e sinergia para impulsionar políticas públicas, investimentos e compartilhamento de conhecimento entre os países pan-amazônicos.
O Fórum está estruturado em sete eixos temáticos, com sessões sobre financiamento, inovação, políticas públicas, biodiversidade, acesso a mercados, conhecimentos locais e integração regional. Entre os destaques da agenda estão:
16h – 15h30 (BRT): Coordenação regional para uma bioeconomia liderada localmente.
11h – 12h15 (BRT): Conectando financiamento aos negócios da sociobioeconomia.
16h – 17h15 (BRT): Direcionadores de capital.
11h – 12h15 (BRT): Inovação como geração de valor para a floresta.
16h – 17h15 (BRT): Sistemas de inovação e fomento de tecnologias.
11h – 12h15 (BRT): Acesso a políticas, incentivos e modelos de regulação.
16h – 17h15 (BRT): Caminhos para governança e integração.
11h – 12h15 (BRT): Biodiversidade e Clima como dimensões da bioeconomia.
16h – 17h15 (BRT): Bioeconomia como nexo entre biodiversidade e clima nas agendas globais.
11h – 12h15 (BRT): Conectando territórios e mercados
16h – 17h15 (BRT): Fortalecendo propostas de valor
11h – 12h15 (BRT): Saberes e educação para a bioeconomia
16h – 17h15 (BRT): Pesquisa e inovação lideradas pela Amazônia
22/maio: Cidades e Fronteiras
11h – 12h15 (BRT): Cidades como mediadoras e dinamizadoras
16h – 17h15 (BRT): Integração e coordenação trans-fronteiriça
Cada sessão contará com a participação de especialistas, lideranças comunitárias, investidores, pesquisadores e gestores públicos de toda a região, promovendo um ambiente plural e colaborativo.
A bioeconomia é um importante setor econômico para a transição justa e desenvolvimento socioeconômicopara na região, promovendo a conservação da floresta em pé, a valorização da biodiversidade amazônica e o bem-estar das populações locais. A Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia defende uma bioeconomia liderada localmente, pautada em produtos e serviços que respeitam a integridade ecológica da Amazônia e a identidade cultural de seus povos.
Esse modelo – muitas vezes chamado de sociobioeconomia – já é realidade. “Já foram mapeadas mais de 1.500 iniciativas de bioeconomia em toda a Pan-Amazônia”, diz Joana Oliveira, secretaria executiva da Rede. Ela adiciona que essas iniciativas contribuem para o desenvolvimento socioeconômico da região, além de proteger a biodiversidade. “No Brasil, por exemplo, apenas 13 produtos já geram R$ 12 bilhões em PIB por ano”. Produtos como açaí, castanha-do-brasil, cupuaçu, camu-camu, andiroba, copaíba, mel de abelhas nativas e borracha são símbolos dessa economia viva, baseada na floresta e na sabedoria tradicional.
Historicamente desenvolvida por populações locais, a bioeconomia pode ser amplificada por investimentos institucionais e privados. De acordo com o estudo Nova Economia para a Amazônia Brasileira, a bioeconomia aliada à restauração florestal pode gerar US$ 8 bilhões em PIB adicional e mais de 830 mil empregos até 2050.
Apesar do potencial, o setor ainda é subfinanciado. O evento da Rede busca colocar em diálogo investidores, empresários, comunidades locais e governos para impulsionar a bioeconomia na Amazônia regional. “Como organizações de base comunitária, enfrentamos diversos desafios para acessar financiamento, e muitas vezes os recursos disponíveis não respondem às lacunas que identificamos para o crescimento dos nossos negócios e o fortalecimento das nossas capacidades institucionais.
Oportunidades como esta, de dialogar com diferentes atores e investidores, são necessárias para impulsionar a bioeconomia na região”, afirma Ricardo Calderón, CEO da Agrosolidaria Florencia, uma organização de base comunitária que lidera a planta de processamento “Copoazú”, uma das maiores plantas de propriedade coletiva na Amazônia Colombiana. Também é membro ativo da Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia.
“Este fórum acontece em um momento crucial para a Amazônia, reunindo líderes que estão moldando uma nova visão de desenvolvimento — uma visão que coloca as pessoas e a natureza no centro. Com sua rica biodiversidade, conhecimento tradicional e forte liderança comunitária, a Amazônia detém a chave para uma bioeconomia próspera que gera valor duradouro, mantendo as florestas em pé”, diz Irene Arias, CEO do BID Lab.
Serviço
Pan-Amazônia em Rede: Fórum de Inovação e Investimentos na Bioeconomia
Data: 12-22 de maio, online
Inscrições: https://forumpan.amzbio.org/
Sobre a Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia – A Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia é uma aliança multissetorial que reúne produtores locais, comunidades indígenas, investidores de impacto, instituições financeiras, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil. Como uma “rede de redes”, busca articular iniciativas, fomentar parcerias e influenciar políticas públicas para tornar a bioeconomia o novo paradigma de desenvolvimento na Amazônia.
Sobre o WRI Brasil – O WRI Brasil é um instituto de pesquisa que trabalha em parceria para gerar transformação. Atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções para que as pessoas tenham o essencial para viver, para proteger e restaurar a natureza, pelo equilíbrio do clima e por comunidades resilientes. Alia excelência técnica à articulação política e trabalha com governos, empresas, academia e sociedade civil. O WRI Brasil faz parte do World Resources Institute (WRI). Fundado em 1982, o WRI conta com cerca de 1,7 mil profissionais pelo mundo, com escritórios no Brasil, China, Colômbia, Índia, Indonésia, México e Estados Unidos, além de escritórios regionais na África e na Europa. Mais informações no site.
Sobre o Amazônia Sempre – Amazônia Sempre é um programa guarda-chuva e holístico que visa proteger a biodiversidade e acelerar o desenvolvimento sustentável a partir de três frentes de ação: ampliando o financiamento, impulsionando a troca de conhecimento, e facilitando a coordenação regional entre os oito países amazônicos.
O programa é baseado em cinco pilares: combate ao desmatamento e fortalecimento do controle e segurança ambientais no contexto dos governos nacionais; a bioeconomia e a economia criativa, impulsionando atividades econômicas alternativas e sustentáveis; pessoas, visando o acesso adequado à educação, saúde e emprego de qualidade; cidades e infraestrutura sustentáveis e conectividade; e agricultura, pecuária e silvicultura sustentáveis e de baixo carbono. Além disso, tem como foco promover a inclusão de mulheres, povos indígenas, afrodescendentes e comunidades locais; conservação do clima e da floresta; e fortalecer as capacidades institucionais e o estado de direito.
Sobre o BID – O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem como objetivo melhorar vidas na América Latina e no Caribe. Estabelecido em 1959, o BID trabalha com o setor público da região para elaborar e proporcionar soluções inovadoras de alto impacto para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Por meio de financiamento, experiência técnica e conhecimento, promove o crescimento e o bem-estar em 26 países. Visite nosso site: https://www.iadb.org/pt-br
Sobre a Conservation International: A Conservation International protege a natureza em benefício da humanidade. Por meio da ciência, políticas públicas, atuação em campo e financiamento, destacamos e preservamos os lugares mais importantes da natureza para o clima, a biodiversidade e as pessoas. Com escritórios em 30 países e projetos em mais de 100, a Conservation International atua em parceria com governos, empresas, sociedade civil, povos indígenas e comunidades locais para promover a convivência harmoniosa entre as pessoas e a natureza. Acesse Conservation.org para saber mais e acompanhe nosso trabalho no Conservation News.
Agora, um novo artigo publicado na Nature Reviews Biodiversity lançou mais luz sobre como o recuo glacial provoca mudanças…
Os especialistas informam que os dados de entrada para desenvolvimento do trabalho de avaliação do…
Pesquisadores da Faculdade de Ciências da Unesp em Bauru demonstraram que misturar óleos vegetais modificados…
Seguindo o mesmo caminho da indústria automobilística, o setor aeronáutico se prepara para uma revolução…
As baterias, cada vez mais presentes no cotidiano, de celulares a veículos elétricos, ainda dependem…
Imagine caminhar pela mata e, de repente, ouvir um som grave e ritmado, seguido de…
This website uses cookies.