Fonte: ApexBrasil
Em uma performance sensorial repleta de arte, natureza e mensagens poderosas, o Brasil estreou seu pavilhão na Expo 2025 Osaka, no Japão, neste domingo (13). A instalação, idealizada pela cenógrafa e curadora Bia Lessa e coordenada pela ApexBrasil, convida o público a pensar coletivamente sobre um futuro mais sustentável, por meio de uma jornada artística que evoca os ciclos da vida e a urgência climática.
No espaço inicial, objetos infláveis simulando plantas se movem no teto. Pelo chão, cadeiras de praia cercadas por papéis com reflexões e figuras humanas e animais que se erguem e caem criam um cenário onírico e perturbador. À medida que a imagem de um sol vai escurecendo, os objetos colapsam — uma metáfora visual para o colapso ambiental causado pelas mudanças climáticas.
A instalação é dividida em cinco atos simbólicos: Existir, Diferir, Confluir, Extinguir e Reesxistir. Segundo Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, “Bia Lessa propõe um caminho sensível e coletivo, que expressa a alma brasileira e aponta para um jeito melhor de viver”.
A curadora homenageou o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, responsável pelo Pavilhão do Brasil na Expo 1970, também em Osaka. Citando uma de suas frases mais célebres — “sabemos que vamos morrer, mas sabemos que não nascemos para morrer” —, Bia declarou: “Estamos aqui, Paulo, para continuar”.
No segundo edifício do pavilhão está a Sala Parangoromos, um espaço que promove a fusão entre culturas ao distribuir “parangoromos” — vestimentas que combinam o parangolé de Hélio Oiticica com o tradicional hagoromo japonês. Os visitantes são convidados a interagir, podendo inclusive se pintar com tinta branca no rosto e nas mãos, em um gesto de conexão e renovação.
Na Sala Multiuso, a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, destacou a importância da participação do Brasil na Expo: “É uma vitrine internacional que reforça nossa imagem e amplia nossas oportunidades de negócios”. Já Décio Lima, presidente do Sebrae, lembrou Vinícius de Moraes ao dizer que “a vida é a arte dos encontros” e defendeu uma atuação reflexiva e sustentável do Brasil no cenário global.
Com o tema “Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas”, a Expo 2025 Osaka pretende reunir representantes de 158 países e atrair cerca de 28 milhões de visitantes entre abril e outubro de 2025. Mais do que uma exposição, o evento é um convite à construção de soluções para desafios planetários como a crise climática, os avanços tecnológicos e as novas formas de convivência.
Desde sua criação em 1851, as Exposições Universais são conhecidas por lançar inovações marcantes, promover intercâmbios culturais e impulsionar o desenvolvimento urbano e econômico das cidades-sede.
O Pavilhão Brasil, com estimativa de receber mais de 10 mil visitantes por dia, representa também a celebração dos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão. Com uma relação sólida baseada em valores culturais, humanos e comerciais, os dois países mantêm uma Parceria Estratégica e Global desde 2014.
O Japão é atualmente o 9º destino das exportações brasileiras e o 12º maior investidor no Brasil. A presença brasileira na Expo reafirma esse elo, especialmente pela forte ligação entre os povos: hoje, o Brasil abriga cerca de 2,7 milhões de descendentes japoneses, enquanto aproximadamente 210 mil brasileiros vivem no Japão.
Mais do que uma exposição artística, o Pavilhão Brasil em Osaka é um convite ao mundo para conhecer uma nação que valoriza sua diversidade, sua arte e sua responsabilidade ambiental. “Queremos mostrar a alma do nosso país, nossos talentos, nossas riquezas e, com isso, abrir caminhos para parcerias e negócios sustentáveis”, conclui Jorge Viana.
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