O Brasil está projetando a construção de um repositório permanente para rejeitos nucleares, com conclusão prevista para o início de 2029. Essa instalação será responsável pelo armazenamento seguro, por séculos, de materiais radioativos gerados por usinas nucleares, além de indústrias médicas e alimentícias.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, estima que o repositório, denominado Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena), será finalizado dentro desse prazo.
A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que abriga as usinas Angra 1 e Angra 2, atualmente armazena rejeitos radioativos, como ferramentas e uniformes contaminados, em galpões próximos às usinas. Esses materiais são isolados em tonéis de aço e contêineres, que são levados para a Central de Gerenciamento de Rejeitos (CGR), um complexo de três galpões que já contém cerca de 7,9 mil volumes.
Esses galpões têm capacidade de armazenamento até 2030. A Eletronuclear, empresa estatal que opera as usinas, indicou que, caso a Cnen não apresente uma solução até 2028, buscará alternativas, como a construção de novos galpões ou a adoção de novas tecnologias de armazenamento no próprio local da central.
O Centena prevê uma operação inicial de 60 anos, seguida de um período de vigilância de 300 anos após seu fechamento. Segundo Clédola Cássia Oliveira de Tello, coordenadora técnica do projeto, a implementação passará por fases de licenciamento que incluem a escolha do local, a construção e, finalmente, a operação da instalação. Ainda não foi divulgado o local onde o repositório será construído, mas a previsão é que entre em operação entre o final de 2028 e o início de 2029.
Repositórios de rejeitos nucleares já são uma realidade em países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, África do Sul e diversos países da Europa. No Brasil, além da geração de energia, a tecnologia nuclear é amplamente utilizada na medicina para diagnósticos e tratamentos, e na indústria alimentícia, para a esterilização de produtos e prolongamento de sua validade.
A Cnen também está envolvida no processo de renovação da licença de operação da usina Angra 1, a primeira usina nuclear do Brasil, que está perto de completar 40 anos de atividade. A licença atual expira em 23 de dezembro de 2024, e a usina precisa de uma renovação para continuar operando em 2025.
O processo de renovação, iniciado em 2019, requer melhorias e atualizações em sistemas, estruturas e componentes, um investimento estimado em US$ 700 milhões pela Eletronuclear. Segundo Alessandro Facure, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Cnen, a extensão da vida útil da usina envolve desafios técnicos e regulatórios significativos, com a Cnen garantindo a implementação de todas as medidas necessárias para manter os mais altos padrões de segurança.
A Cnen realiza reuniões mensais com a Eletronuclear para garantir um diálogo contínuo e a troca de informações críticas. Embora não se preveja a rejeição do pedido de renovação, é necessário implementar melhorias significativas. A decisão sobre o período de extensão da vida útil da usina será baseada na implementação das atualizações necessárias para garantir a segurança do empreendimento.
Assim, a Cnen está comprometida em assegurar a segurança e a sustentabilidade das operações nucleares no Brasil, garantindo que todas as atualizações e melhorias sejam efetivamente realizadas durante o período de extensão.
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