Brasil Recebe o ‘Antiprêmio’ Fóssil do Dia na COP28

O Brasil, uma nação conhecida por sua rica biodiversidade e potencial para energia renovável, tem sido alvo de críticas recentes devido à sua abordagem em relação à transição energética. A Climate Action Network (CAN), uma rede global de Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientalistas, concedeu ao Brasil o ‘antiprêmio’ Fóssil do Dia durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O Fóssil do Dia

1919O prêmio Fóssil do Dia é uma crítica à decisão do Brasil de participar da Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opep+). A Opep+, criada em 1960, é uma organização que reúne países produtores de petróleo, incluindo a Arábia Saudita, Venezuela, Angola, Rússia, México, Malásia e Sudão.

A CAN argumenta que a adesão do Brasil à Opep+ contradiz os esforços do país para liderar a agenda climática. A organização critica a intenção do Brasil de explorar petróleo na margem equatorial do país, entre o litoral do Amapá e do Rio Grande do Norte.

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A Perspectiva Brasileira

No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou a entrada do Brasil como observador no grupo dos países produtores de petróleo como uma forma de influenciar a transição energética. Ele argumenta que é importante convencer os países produtores de petróleo a se prepararem para o fim dos combustíveis fósseis e a investirem em combustíveis renováveis, como o hidrogênio verde.

Além disso, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, defendeu que o petróleo deve financiar a transição energética. Ele discorda do movimento internacional Just Stop Oil, que defende a proibição de toda e qualquer nova licitação de exploração de petróleo para forçar uma transição energética mais rápida.

Nuances

A questão da transição energética é complexa e multifacetada. Embora a adesão do Brasil à Opep+ tenha sido criticada por alguns, outros argumentam que essa decisão pode ser uma estratégia para influenciar a transição energética. No entanto, é crucial que o Brasil continue a buscar maneiras de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e promover a energia renovável, a fim de contribuir para os esforços globais de combate às mudanças climáticas.

Redação Revista Amazônia

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