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Características para um plástico alternativo ser genuinamente biodegradável e sustentável

 

Um alerta global ecoa através dos dados: 80 milhões de toneladas de resíduos plásticos são despejadas no mundo anualmente, sem destino adequado. Esse número gritante alimenta a crescente preocupação de empresas e consumidores sobre os impactos devastadores que o plástico convencional inflige ao meio ambiente. Diante desse cenário, surge a urgente necessidade de encontrar alternativas que possam substituir o plástico tradicional sem agravar ainda mais os problemas ambientais.

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Uma solução em ascensão em diversos setores industriais é o uso do plástico biodegradável, uma promessa que ganha espaço com a projeção de triplicar sua produção até 2027, alcançando 6,3 milhões de toneladas, segundo a European Bioplastics. No entanto, há uma lacuna de conhecimento sobre o que realmente torna esse material ambientalmente sustentável.

Ybellise Azocar, Head of Science da Bioelements, uma referência em soluções inovadoras e sustentáveis para o mercado de embalagens, esclarece que a biodegradabilidade do plástico ocorre quando ele se decompõe alimentando micro-organismos durante o processo. “Esse é o critério fundamental. Na Bioelements, oferecemos formulações de plástico não convencional, um bioplástico, bio-based, não tóxico, que se biodegrada em diversas condições ambientais e ecossistemas, sem causar danos aos seres vivos”, explica.

É importante distinguir os plásticos oxibiodegradáveis, que se fragmentam em pedaços minúsculos, dos verdadeiramente biodegradáveis. Esses fragmentos, conhecidos como microplásticos, ainda representam uma ameaça, afetando a vida marinha e acumulando-se nos organismos.

Além disso, a obtenção de certificações é essencial para garantir a autenticidade dos produtos biodegradáveis. A Bioelements, por exemplo, possui parceria com instituições renomadas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e é certificada pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, assegurando a segurança de seus produtos em contato com alimentos.

Adriana Giacomin, Country Manager da Bioelements no Brasil, destaca a importância de investir em tecnologia e inovação para atender às demandas do mercado. “Queremos liderar esse movimento. Nossos produtos não apenas oferecem uma alternativa sustentável ao plástico convencional, mas também contribuem ativamente para a redução da pegada de carbono”, afirma.

A inauguração de um novo laboratório no Chile, sede da empresa, marca um passo significativo nesse compromisso. Com uma equipe de cientistas e equipamentos de última geração, o laboratório será o epicentro das pesquisas sobre biodegradabilidade de materiais renováveis e análises detalhadas dos bioprodutos da Bioelements.

Redação Revista Amazônia

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