A devolução do Manto Tupinambá ao Brasil contou com a articulação de Instituições Brasileiras e da Dinamarca
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em parceria com o povo Tupinambá e o Museu Nacional, está organizando uma cerimônia para celebrar a chegada do manto Tupinambá ao Brasil. O evento ocorrerá nos dias 29, 30 e 31 de agosto, no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e contará com a presença de representantes Tupinambá e de outros povos indígenas do país.
A iniciativa é coordenada pelo MPI, que entre 1º e 4 de abril deste ano, visitou o território Tupinambá na Serra do Padeiro e em Olivença para ouvir as lideranças e a comunidade indígena sobre a importância do manto, conforme a Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objetivo foi consultar sobre a relevância do manto, que possui caráter religioso, e permitir o contato dos Tupinambá com a peça.
Através da Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (Seart), o MPI realizará um novo diálogo com os Tupinambá na Bahia, no dia 5 de agosto, com a presença do diretor do Museu Nacional, para finalizar os detalhes da cerimônia.
Durante os três dias, haverá uma vigília dos povos indígenas no Museu Nacional, nos jardins da Quinta da Boa Vista.
A devolução do manto envolveu a colaboração entre instituições do Brasil e da Dinamarca, incluindo a Embaixada do Brasil na Dinamarca e lideranças Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença (BA). O processo é conduzido pelo Grupo de Trabalho (GT) de Restituição de Artefatos Indígenas, criado em 2023 pelo MPI, para lidar com o retorno de peças inestimáveis ao Brasil.
Objeto raro, o manto retornou da Dinamarca, onde estava no Museu Nacional daquele país, e chegou ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em 11 de julho. Um dia antes, 598 artefatos de 40 povos indígenas do Brasil foram devolvidos pelo Museu de História Natural de Lille, na França.
Através da Seart e do Departamento de Línguas e Memórias Indígenas (Deling), o MPI está desenvolvendo recomendações e protocolos para que povos indígenas tenham acesso a bens e objetos de suas culturas em museus nacionais e internacionais. O GT de Restituição de Artefatos Indígenas, inicialmente focado no manto Tupinambá, ampliou o debate sobre a restituição de outros artefatos, documentos e objetos levados durante a colonização.
O retorno do manto Tupinambá é um marco na criação de políticas públicas que aproximam os povos indígenas de seus objetos sagrados e culturais. Este caso serve como exemplo para a restituição de itens culturais inestimáveis e destaca o compromisso do MPI em apoiar a devolução de artefatos indígenas que estão no exterior através de acordos internacionais.
Fonte: EBC
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