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Pela primeira vez, o combate à desinformação fará parte da declaração ministerial do G20

Combate a desinformação

Pela primeira vez na história do G20, a pauta de combate à desinformação e promoção da integridade da informação fará parte da declaração dos ministros do fórum, resultado dos debates do grupo de trabalho sobre Economia Digital, que realizou sua reunião esta semana em Maceió, capital do estado de Alagoas. Além desses temas, o grupo também chegou a um consenso sobre declarações relacionadas ao governo digital, inclusão, conectividade significativa e parâmetros para o desenvolvimento de inteligência artificial. A reunião ministerial ocorre nesta sexta-feira, 13 de setembro.

De acordo com João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM/PR), o grupo conseguiu negociar uma declaração sobre o tema entre as maiores economias do mundo, delineando tanto o entendimento do problema quanto possíveis soluções para enfrentá-lo. “Já é um marco colocar essa questão no centro das discussões e tratá-la de maneira ampla”, afirmou Brant.

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Brant também explicou que as estratégias discutidas pelos técnicos dos países membros incluem educação midiática, responsabilização e transparência das plataformas, além de investimentos em pesquisa científica e tecnológica. “Esse problema afetou o mundo todo, desestabilizou economias e tornou-se uma prioridade para o G20”, concluiu o secretário.

O embaixador Luciano Mazza, coordenador do grupo de trabalho, destacou que a presidência do Brasil está em uma “posição muito favorável” para apresentar aos ministros um conjunto de resultados sobre questões importantes da agenda digital, ressaltando o intenso trabalho realizado ao longo do ano. “Tivemos uma participação muito construtiva de todos os países e conseguimos apresentar um conjunto positivo e substancial de resultados, do qual temos muito orgulho”, disse Mazza.

Inteligência artificial para todos

O desenvolvimento da inteligência artificial também foi destaque nos debates do G20 Brasil. Renata Mielli, assessora especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), avaliou que essa tecnologia tem sido desenvolvida por poucos países, embora seu uso seja global. A especialista enfatizou que o trabalho do fórum buscou encontrar maneiras para que cada país desenvolva suas tecnologias de forma mais diversa, refletindo suas características culturais, sociais, econômicas, linguísticas e étnico-raciais.

“Da mesma forma que essa tecnologia pode trazer muitos benefícios para a humanidade, ela também traz potenciais riscos. Os sistemas de inteligência artificial precisam ser desenvolvidos de forma segura, confiável, ética e responsável, para que não reproduzam preconceitos e discriminações ou perpetuem vulnerabilidades existentes em nossa sociedade”, afirmou Mielli.

Infraestrutura digital inclusiva

Luana Roncaratti, secretária-adjunta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), destacou que os debates do G20 sobre governo digital focaram na construção e fornecimento de soluções baseadas no uso de tecnologias digitais que favoreçam e facilitem a relação entre as pessoas e o Estado. Roncaratti também mencionou que as agendas de identidade digital e compartilhamento de dados foram discutidas no fórum.

A secretária-adjunta comemorou o avanço significativo dos debates, que contribuem para que os países promovam um “governo digital acessível, inclusivo e, acima de tudo, preocupado em não deixar ninguém para trás.”

Inclusão significativa e conectividade

Daniel Cavalcanti, coordenador-geral de políticas públicas no Ministério das Comunicações, explicou que os debates sobre conectividade universal e significativa focaram no compromisso dos países em promover, por meio de políticas internas, acesso à internet de qualidade, dispositivos adequados, custos acessíveis e habilidades digitais necessárias para que as pessoas possam explorar o potencial da tecnologia.

“Conseguimos um acordo internacional, com indicadores e métricas para conectividade significativa, de forma que cada país possa formular suas políticas públicas para as áreas onde existem problemas”, afirmou Cavalcanti.

Redação Revista Amazônia

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