Imagem: Hydro
Em mais uma etapa do acompanhamento das obrigações assumidas pela Hydro no Pará, o Comitê de Acompanhamento (CA) do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) realizou sua 39ª reunião ordinária no dia 26 de novembro, em formato híbrido, com participação de representantes do Ministério Público Federal (MPF), Hydro, Alunorte, Prefeitura de Barcarena e sociedade civil.
O item 2.1.4 do TAC prevê um investimento de R$ 8 milhões (R$ 5 milhões acrescidos de mais R$ 3 milhões, conforme acordado durante o ano de 2023), para garantir acesso à água potável em comunidades urbanas e ribeirinhas de Barcarena.
O MPF apresentou duas propostas em debate:
O procurador da República Igor Lima Goettenauer de Oliveira destacou que a simples distribuição de filtros não resolve o problema, já que a contaminação por metais pesados exige soluções técnicas específicas.
“Não basta tornar a água potável. O desafio é eliminar metais pesados, e cada localidade pode ter um tipo diferente de contaminação. Precisamos de estudos técnicos antes de decidir”, afirmou.
Representantes da sociedade civil, como Mário do Espírito Santo, cobraram mais transparência:
“Queremos uma discussão ampla sobre como usar esses R$ 8 milhões. As comunidades das ilhas, por exemplo, ainda não têm acesso garantido à água limpa.”
Como encaminhamento, ficou acordada a realização de uma reunião técnica com especialistas para avaliar as melhores alternativas.
Outro ponto crítico foi a transferência de recursos de multas ambientais do Fema para o FAO (item 6.3 do TAC). A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), responsável pelo tema, não compareceu à reunião, atrasando a discussão.
O MPF informou que as etapas jurídicas já foram concluídas, mas a sociedade civil cobrou um Plano de Trabalho detalhado para a aplicação dos recursos.
A próxima reunião ordinária está marcada para fevereiro de 2024, com os seguintes temas prioritários:
Além disso, uma reunião extraordinária tratará dos estudos epidemiológicos relacionados ao TAC.
A reunião contou com a presença de 14 representantes da sociedade civil, reforçando a importância do controle social no cumprimento do TAC.
Entre os destaques:
A Prefeitura de Barcarena participou virtualmente, mas sem posicionamentos conclusivos sobre prazos de obras de saneamento.
Enquanto a Hydro cumpre suas obrigações, a falta de definições técnicas e a morosidade na transferência de recursos preocupam as comunidades afetadas. O desafio agora é garantir que os R$ 8 milhões sejam aplicados da forma mais eficiente, beneficiando quem mais precisa.
A próxima reunião será crucial para avançar em soluções concretas, especialmente com a COP30 se aproximando e colocando o Pará no centro das discussões ambientais globais.
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