Exemplos instrutivos de pescarias da Costa Oeste que sofreram impactos socioecológicos positivos ( n = 5) ou negativos ( n = 5) durante a onda de calor marinho de 2014-2016 e para obter insights sobre como melhorar o monitoramento, a gestão e a capacidade adaptativa das comunidades para que sejam mais resilientes a futuras ondas de calor e mudanças climáticas. Créditos das fotos: NOAA (lula-do-mercado-da-califórnia, anchova-do-norte, atum-azul-do-pacífico, sardinha-do-pacífico, bacalhau-do-pacífico), CDFW (salmão-rei, caranguejo-de-Dungeness, camarão-rosa-do-pacífico, ouriço-do-mar-vermelho) e WDFW (peixe-do-rocha-de-barriga-curta).
A Deutsche Welle (DW) classificou a COP30, que começou em Belém (PA), como a “conferência da verdade” — um momento decisivo em que líderes mundiais precisarão enfrentar a realidade da crise climática e mostrar resultados concretos após décadas de promessas.
Apesar da importância simbólica de sediar o evento no coração da Amazônia, a DW alerta: o mundo já ultrapassou o limite de 1,5°C de aquecimento definido em Paris, e nenhum país está cumprindo suas metas climáticas.
“O encontro no Brasil precisa ser mais do que retórica. É hora de transformar compromissos em ação real”, escreveu o repórter Tim Schauenberg, correspondente de clima da DW.
Com entre 40 e 50 mil participantes, incluindo representantes de quase 200 países, a COP30 acontece em uma Belém transformada para receber o maior evento ambiental da década.
A cidade adaptou portos e hospedagens — inclusive navios e antigos clubes reformados — para acomodar as delegações que chegam à Amazônia.
O local é mais do que simbólico. A Amazônia, lembra a DW, é “o pulmão do planeta” e um epicentro da crise ambiental, onde secas, incêndios e mudanças no regime de chuvas já afetam ecossistemas e comunidades locais.
A região, ao mesmo tempo rica em biodiversidade e marcada pela desigualdade social, ilustra a urgência de unir desenvolvimento e conservação — um dos principais desafios da conferência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu o encontro como a “conferência da verdade”, reforçando que o momento exige reconhecer a gravidade da crise climática e agir de forma coordenada.
O governo brasileiro também batizou o evento de “COP da Implementação”, com o objetivo de executar promessas antigas e recuperar a confiança internacional.
Mas a DW lembra: apesar do discurso otimista, menos de 70 países entregaram novas metas de redução de emissões (as NDCs) até novembro, descumprindo prazos importantes.
“Estamos frustrados”, reconheceu o presidente da conferência, André Corrêa do Lago.
“Dois prazos já passaram sem que os países cumprissem seus compromissos. Isso é preocupante.”
Para o Brasil, a COP30 é uma oportunidade de reafirmar liderança global e mostrar que é possível conciliar progresso econômico e sustentabilidade.
Mas o contexto internacional é adverso.
A DW destaca que guerras, disputas comerciais e a retirada dos EUA do Acordo de Paris — sob o governo de Donald Trump — fragilizaram o multilateralismo climático.
Ainda assim, o Brasil chega com propostas concretas.
Entre elas, o “Tropical Forest Forever Facility”, um fundo que deve reunir US$ 125 bilhões para remunerar países e comunidades que protegem florestas tropicais.
Segundo o plano, 20% dos recursos seriam destinados diretamente a povos indígenas e comunidades locais.
A DW define a iniciativa como “um projeto de prestígio para o Brasil”, mas pondera que a meta de captação é ambiciosa e dependerá de forte apoio internacional.
A DW também analisa o papel da Alemanha, que não deve cumprir sua meta de neutralidade de carbono até 2045.
O governo alemão, segundo o texto, amplia investimentos em gás fóssil e enfraquece políticas de energia renovável, o que preocupa especialistas.
“Se a Alemanha recua, todo o bloco europeu perde força”, alertou Niklas Höhne, do Climate Action Tracker.
Enquanto isso, a China vem assumindo papel cada vez mais protagonista, mas ainda prioriza seus interesses nacionais.
“O mundo precisa de ambição concreta e transferência real de tecnologia — não de novos discursos”, afirmou Mohamed Adow, da ONG africana Power Shift Africa.
Para a DW, a COP30 será “um teste de credibilidade global”: a chance de provar se a diplomacia climática ainda é capaz de entregar resultados.
Com o planeta já 1,3°C mais quente do que na era pré-industrial, o desafio é evitar que a próxima década se torne a da irreversibilidade.
“Belem é o lugar certo para encarar a verdade: o tempo de esperar acabou”, conclui o artigo.
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