Atualmente, o Brasil abriga cerca de 900 deep techs – startups especializadas em tecnologias baseadas em avanços científicos de alto impacto. Essas empresas, além de enfrentarem desafios únicos, trazem grande potencial de transformação para diversos setores da indústria e economia brasileira.
Essas deep techs estão majoritariamente concentradas na região Sudeste, com São Paulo liderando, abrigando 55% dessas startups. Esse cenário reflete o apoio substancial oferecido pela FAPESP através do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), que contribui para o fomento e desenvolvimento tecnológico no estado.
De acordo com o Relatório Deep Techs Brasil 2024, elaborado pela consultoria Emerge em parceria com o Cubo Itaú e a CAS, as deep techs estão em crescimento, impulsionando novos modelos de negócio e soluções para grandes desafios globais e regionais. O estudo, acessível no site da Emerge Brasil aqui, fornece uma visão aprofundada sobre o impacto das deep techs na economia brasileira e nos ecossistemas de inovação.
Além de São Paulo, outras regiões do Brasil têm fomentado o crescimento de deep techs através de programas estaduais, como o Inova Amazônia, que vem incentivando o surgimento de startups de base científica em áreas como a Amazônia Legal.
“O forte apoio a startups no estado de São Paulo é um reflexo de sua infraestrutura de inovação, incluindo universidades e centros de pesquisa de excelência, como a USP, Unicamp, Unesp, e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica,” comentam os autores do relatório. Essa estrutura favorece o desenvolvimento de soluções inovadoras e atrai investimentos nacionais e internacionais.
Embora as deep techs brasileiras estejam ganhando espaço, o processo de crescimento ainda é lento, com startups levando mais de cinco anos para se estabelecerem de maneira sustentável. “Os obstáculos de financiamento são expressivos, fazendo com que muitas deep techs dependam de editais de fomento e subvenção econômica, resultando em um ritmo mais lento para escalonar suas tecnologias”, destaca o relatório.
Programas de subvenção e fomento público, aliados a investidores-anjo, constituem cerca de 70% dos investimentos em deep techs no Brasil. A maioria dessas empresas, especialmente as que receberam acima de R$ 5 milhões, baseia seu financiamento em recursos públicos oriundos de instituições como a FAPESP, a Finep, o Sebrae e a Embrapii.
As deep techs no Brasil se concentram em desenvolver tecnologias para venda direta ou licenciamento a grandes indústrias, com os setores de saúde e agronegócio liderando o mercado. Entre 2015 e 2024, a taxa de crescimento médio dos setores de saúde e agronegócio foi de 19,8% e 20,8%, respectivamente, o que representa um aumento significativo, mas ainda abaixo do potencial máximo dessas tecnologias.
A diversificação é outra tendência observada, com deep techs emergindo para atender a setores como energia, meio ambiente e indústria química. Essas startups buscam soluções para problemas como sustentabilidade e eficiência energética, em consonância com os desafios globais atuais.
A crescente atenção das deep techs para outros setores além da saúde e do agronegócio é um indicador positivo para a economia brasileira. Esse movimento amplia as oportunidades de inovação, contribuindo para um ecossistema mais robusto e diversificado.
O ecossistema de deep tech no Brasil possui enorme potencial, mas enfrenta desafios de financiamento e escalonamento que podem limitar seu crescimento. O relatório da Emerge aponta a necessidade de estratégias de apoio sustentadas para garantir que essas startups alcancem maturidade e tragam inovações que transformem setores industriais e promovam o desenvolvimento socioeconômico do país.
Para ler o relatório completo, acesse Relatório Deep Techs Brasil 2024.
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