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ECOS da COP28

Após duas semanas de negociações, foi encerrada a cúpula do clima da ONU COP28 em Dubai. Foi a maior participação na história das COP’s – reuniu 97.000 delegados, de mais de 190 países, juntamente com negociadores, líderes empresariais e intervenientes não estatais, refletindo a crescente dinâmica e atenção dos líderes públicos, privados e da sociedade civil sobre esta questão crítica, de 30 de Novembro a 13 de Dezembro
Antônio Guterres, chefe da ONU, disse que a menção ao principal contribuinte mundial para as alterações climáticas surge depois de muitas anos em que a discussão desta questão foi bloqueada.

Ant nio Guterres chefe da ONU SEM LEGENDAAnt nio Guterres chefe da ONU SEM LEGENDAEle enfatizou que a era dos combustíveis fósseis deve terminar com justiça e equidade.
“Para aqueles que se opuseram a uma referência clara à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis no texto da COP28, quero dizer que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é inevitável, gostem ou não. Esperemos que não chegue tarde demais”, acrescentou o secretário-geral.

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As Partes adotaram uma decisão sobre o primeiro balanço global no âmbito do Acordo de Paris, que reconhece a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE), em linha com as trajetórias de 1,5°C. Incentiva as partes a apresentarem, nas suas próximas contribuições determinadas a nível nacional, metas ambiciosas de redução de emissões para toda a economia, abrangendo todos os GEE, setores e categorias e alinhadas com a limitação do aquecimento global a 1,5°C.

“A COP 28 também precisava de sinalizar uma paragem brusca no problema climático central da humanidade – os combustíveis fósseis e a sua poluição que queima o planeta. Embora não tenhamos virado a página da era dos combustíveis fósseis em Dubai, este resultado é o começo do fim”.

Pela primeira vez desde que as COP’s do clima tiveram início em 1995, os países signatários da UNFCCC, apelaram oficialmente à aceleração da implantação de tecnologias de baixas emissões, incluindo a energia nuclear, para ajudar a alcançar uma descarbonização profunda e rápida, particularmente em sectores difíceis de reduzir, como a indústria e através da produção de hidrogénio com baixo teor de carbono. “Isso demonstra que existe agora um consenso global sobre a necessidade de ampliar esta tecnologia limpa e confiável para alcançar os nossos objetivos vitais em matéria de alterações climáticas e desenvolvimento sustentável”, disse o Diretor Geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi.

Mais de 200 cientistas de todo o mundo contribuíram para o “Relatório Global Tipping Points”. O relatório com mais de 500 páginas fornece um guia confiável sobre o estado do conhecimento sobre pontos de inflexão, explora oportunidades para acelerar as transformações tão necessárias e descreve opções para uma nova governança dos riscos e oportunidades dos pontos de inflexão.

 

Redação Revista Amazônia

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