Fonte: Eve / Embraer
A Eve Air Mobility, empresa da Embraer dedicada à inovação em mobilidade aérea, está prestes a iniciar uma fase crucial no desenvolvimento de seu carro voador: os testes em voo do eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso vertical).
A campanha deve começar nos próximos meses e avaliará o desempenho prático da aeronave, verificando se ela cumpre as expectativas de projeto e os rígidos requisitos das agências reguladoras.
Durante essa etapa, serão observados aspectos como segurança, manobrabilidade, eficiência energética e impactos ambientais, incluindo ruído e emissão de poluentes, mesmo que a aeronave opere com propulsão elétrica e zero emissões diretas.
Apresentado ao público em 2023, o primeiro protótipo em escala real do eVTOL da Eve combina oito rotores para decolagem e pouso vertical com asas fixas, responsáveis pelo voo em cruzeiro. Um dos marcos mais recentes do projeto foi o teste bem-sucedido do pusher, motor instalado na parte traseira do veículo e responsável pela propulsão durante o voo horizontal.
A aeronave é impulsionada por baterias elétricas, reforçando a proposta de uma alternativa mais limpa para o transporte aéreo urbano e intermunicipal. Projetada para percursos curtos e deslocamentos rápidos, ela representa uma aposta da Embraer no futuro da mobilidade urbana sustentável.
Com cerca de 2.800 intenções de compra registradas, a Eve possui atualmente a maior carteira de pedidos no setor de eVTOL. Segundo o engenheiro William Roberto Wolf, da Unicamp, a experiência da Embraer no desenvolvimento de aeronaves comerciais e executivas coloca a empresa em posição de vantagem frente à concorrência.
O design do veículo, que combina rotores verticais e asas convencionais, promete oferecer maior alcance e eficiência. A produção será iniciada na fábrica da Eve em Taubaté (SP), com uma capacidade inicial de 120 unidades por ano e potencial de expansão para até 480 aeronaves anuais, conforme a demanda do mercado.
Embora diversos projetos semelhantes estejam em desenvolvimento ao redor do mundo, especialistas alertam que a maioria das empresas que hoje apostam nesse setor não deve chegar à fase comercial. A complexidade técnica e o alto custo do processo de certificação são obstáculos significativos.
Enquanto a norte-americana Joby Aviation planeja operar seus veículos a partir de 2026, a Eve projeta o início dos voos comerciais com passageiros em 2027. Para o engenheiro Domingos Alves Rade, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a parceria entre pesquisa científica e indústria é vital para garantir competitividade e viabilidade.
No Brasil, a Embraer e a FAPESP uniram forças para fundar o centro Flymov — Centro de Pesquisa em Engenharia para a Mobilidade Aérea do Futuro, onde são conduzidos estudos voltados à aviação de baixa emissão de carbono, sistemas autônomos e manufatura avançada. A iniciativa busca gerar conhecimento científico que possa ser aplicado diretamente nos projetos de veículos como o eVTOL da Eve.
“A conexão entre pesquisa acadêmica e interesses comerciais nunca foi tão necessária”, afirma Rade. Segundo ele, parte das soluções desenvolvidas no Flymov poderá ser incorporada ao projeto da Embraer, ampliando ainda mais seu protagonismo no cenário da aviação do futuro.
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