Em 2023, as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) atingiram um recorde mundial histórico, de acordo com análise de pesquisadores. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou dados que revelam um total de 57,1 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂eq) emitidas no último ano, o que representa um aumento de 1,3% em relação a 2022. Esse crescimento é superior à média de 0,8% registrada na última década (2010-2019), e ocorreu em quatro dos cinco principais setores emissores: energia, processos industriais, agropecuária e tratamento de resíduos.
Especialistas ouvidos alertam que, se essa tendência persistir, será impossível atingir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme o Acordo de Paris de 2015. A previsão é de que a temperatura média global possa subir entre 2,5°C e 3°C até o final do século, um cenário que traria consequências devastadoras para a vida humana e causaria enormes danos econômicos.
Diferentemente da tendência mundial, o Brasil conseguiu reduzir de maneira significativa suas emissões de GEE em 2023. De acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o país emitiu 2,6 bilhões de toneladas de CO₂eq, uma redução de 12% em relação ao ano anterior, marcando a maior queda em 15 anos. A maior contribuição para as emissões brasileiras foi a mudança no uso da terra (46%), seguida pela agropecuária (28%), energia (18%), tratamento de resíduos (4%) e processos industriais (4%).
A pesquisa também destaca um estudo que revelou que 25 dos 35 indicadores vitais da Terra estão em níveis alarmantes de degradação, com expectativas de que a situação piore nos próximos anos. Entre os fatores analisados estão a concentração de gases de efeito estufa, a temperatura média global, a acidez dos oceanos e a espessura das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida.
Nesta matéria, o entrevistado é o agrônomo Ruy Caldas, renomado especialista em bioquímica vegetal no Brasil e ex-gestor de ciência, tecnologia e inovação, com passagens por governos, universidades e empresas de pesquisa.
Outros temas abordados incluem: a desigualdade no impacto da demência sobre brancos e negros; a criação de uma rede de telescópios no Brasil para monitorar o lixo espacial; experimentos que buscam revitalizar a Caatinga; a colaboração entre pesquisadores, indígenas e ribeirinhos para avaliar os efeitos da usina de Belo Monte; e a investigação das causas da dor na endometriose.
A íntegra da publicação está disponível gratuitamente em: https://mailchi.mp/fapesp/o-sufoco-do-planeta
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