Imagem: Paulo Marcio
Uma equipe internacional de pesquisadores identificou uma nova espécie de crocodilo pré-histórico a partir de fósseis escavados na Formação Solimões, localizada no oeste do estado do Amazonas. O réptil viveu há cerca de 8 milhões de anos e apresentava um focinho longo e fino, muito semelhante ao dos gaviais modernos que habitam o sul da Ásia.
A espécie foi batizada de Gryposuchus pachakamue, integrando um grupo extinto de crocodilianos. O nome científico presta homenagem a uma figura da mitologia local, conhecida por sua fala contida e pelo nariz curvado, traços que ecoam as características do próprio animal fossilizado.
O estudo, publicado na renomada Zoological Journal of the Linnean Society, contou com a colaboração de paleontólogos do Brasil, Peru, França e Estados Unidos. Os cientistas afirmam que o crânio da nova espécie revela sinais de que ela ainda estava se adaptando ao ambiente aquático — uma transição evolutiva crucial para entender a diversidade dos crocodilianos antigos.
A análise do focinho e da posição lateralizada dos olhos sugere que o Gryposuchus pachakamue tinha hábitos alimentares mais amplos do que os crocodilos especializados na pesca que conhecemos hoje. Essa característica aponta para um comportamento mais flexível, capaz de lidar com diferentes presas e ambientes.
A descoberta reforça o papel fundamental da Bacia do Solimões como um verdadeiro tesouro paleontológico. Durante o período Mioceno, a região era dominada por um intricado sistema de rios e lagos, conhecido como sistema Pebas, que abrigava uma biodiversidade impressionante e servia de palco para a evolução de espécies únicas, como o novo crocodilo identificado.
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