Fonte: Brian Gratwicke/Creative Commons
O peixe cabeça-de-cobra-do-norte (Channa argus) está gerando grande preocupação entre especialistas ambientais nos Estados Unidos. O Departamento de Conservação do Missouri (MDC) emitiu um alerta rigoroso sobre os perigos representados por essa espécie nativa da Ásia, conhecida por sua capacidade de sobreviver fora d’água por horas e até se locomover em terra firme.
Desde que foi detectado pela primeira vez no país em 2002, o peixe se espalhou por diversos estados, como Virgínia, Maryland, Pensilvânia e Nova York. No Missouri, o primeiro registro ocorreu em 2019, no Condado de Dunklin, intensificando os esforços de vigilância ambiental.
A grande ameaça representada pelo peixe cabeça-de-cobra está na combinação de resistência e agressividade. O peixe respira ar atmosférico, o que permite que ele sobreviva em águas com pouco oxigênio ou até fora delas. Ele também é um predador voraz, competindo com espécies nativas por espaço e alimento, o que pode desequilibrar ecossistemas locais e impactar diretamente a pesca esportiva, prática cultural e econômica na região.
Com corpo comprido, escamas escorregadias e aparência semelhante à de uma cobra píton, o animal pode atingir até 1 metro de comprimento, o que o torna ainda mais temido por moradores e pescadores.
A orientação do MDC é clara e rígida: se avistar ou capturar um exemplar, não o devolva à água. O peixe deve ser eliminado de forma eficaz por decapitação, estripamento ou armazenado em saco plástico vedado. Isso porque o simples ato de deixá-lo fora d’água não é suficiente para garantir sua morte imediata.
O órgão ambiental também recomenda atenção à identificação, já que o cabeça-de-cobra pode ser confundido com o peixe-arco, espécie nativa. A nadadeira anal mais longa é o principal indicativo visual que diferencia as duas espécies.
Apesar das medidas severas, algumas vozes na comunidade científica questionam a abordagem adotada, sugerindo que a eliminação física não é uma solução sustentável a longo prazo. A necessidade de estratégias de controle mais eficazes, como barreiras ecológicas e políticas de prevenção de introdução, também começa a ganhar espaço no debate público.
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