Imagine um grande pedaço de rocha sob o solo, tão denso e firme que, mesmo com vastos depósitos de óleo e gás natural aprisionados em seus poros, essas substâncias não conseguem escapar facilmente para serem extraídas. Para liberar esses recursos energéticos, os cientistas e engenheiros desenvolveram uma técnica chamada fraturamento hidráulico, ou simplesmente fracking.
Pense nessa rocha como um biscoito recheado: sólido, mas com espaços por dentro. Imagine agora que você quer extrair o recheio sem quebrar o biscoito inteiro. A técnica de fracking funciona de maneira semelhante: cria fissuras minúsculas na “massa” do biscoito (a rocha) para liberar o “recheio” (o óleo ou o gás natural), permitindo que eles fluam para a superfície.
Para realizar o fracking, uma mistura de água, areia e produtos químicos é injetada no subsolo a altíssimas pressões. Pense nisso como um bombeamento poderoso de água que pode abrir rachaduras na rocha subterrânea. Quando a água pressurizada atinge a rocha, ela cria e expande essas pequenas fissuras. A areia na mistura é como pequenas partículas de concreto que mantêm essas fissuras abertas, garantindo que o óleo ou gás tenha um caminho claro para fluir em direção ao poço de extração.
De modo simplificado, o processo segue estas etapas:
O fracking revolucionou a indústria energética, especialmente nos Estados Unidos, transformando o país de um importador de energia em um grande exportador. Antes do desenvolvimento dessa tecnologia, muitos depósitos de gás e óleo eram considerados inacessíveis ou economicamente inviáveis. Mas com o fracking, grandes reservas foram liberadas, especialmente em locais como a Bacia de Permian, no Texas, e a Formação Marcellus, que se estende pela Pensilvânia e outros estados da região nordeste.
A maior vantagem do fracking é que ele aumenta o suprimento de gás natural, uma fonte de energia que emite menos dióxido de carbono quando queimada do que o carvão ou o petróleo. Isso, por sua vez, levou a uma queda significativa nas emissões de gases de efeito estufa nos Estados Unidos desde o auge do uso de carvão. No entanto, essa “virada energética” não vem sem um custo.
Se por um lado o fracking impulsionou a economia energética e reduziu as emissões de carbono, por outro lado, ele levanta uma série de preocupações ambientais e de saúde pública. Vamos explorar esses riscos, usando analogias para melhor entendimento.
O fracking tem sido amplamente utilizado em países como os Estados Unidos, Canadá, Argentina e Austrália. Nos EUA, as formações mais exploradas incluem a já mencionada Formação Marcellus, além da Formação Bakken (em Dakota do Norte) e a Bacia de Permian (no Texas). Esses locais se tornaram centros de produção de energia graças ao fracking, com impactos significativos na economia local e nacional.
O debate sobre o fracking é altamente polarizado. De um lado, as indústrias de energia e muitos governos locais argumentam que o fracking é essencial para manter os custos de energia baixos e garantir a segurança energética. Por outro lado, ambientalistas e comunidades afetadas defendem a transição para fontes de energia renovável, como solar e eólica, que não acarretam os mesmos riscos de contaminação e impactos ambientais.
No final, como em qualquer questão ambiental complexa, o debate sobre o fracking é uma luta entre o apetite por energia barata e a necessidade urgente de proteger o planeta. Se a transição para energias renováveis não for acelerada, o fracking continuará sendo um elemento controverso no mapa energético global, desafiando comunidades, políticos e cientistas a encontrar soluções mais sustentáveis para as demandas energéticas do século XXI.
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