Enquanto o mundo acelera em direção a uma transição energética sustentável, tecnologias de países emergentes como hidrogênio verde, captura e armazenamento de carbono (CCUS) e combustíveis de baixa emissão despontam como peças-chave para alcançar metas climáticas globais. Porém, apesar de seu enorme potencial, essas inovações enfrentam desafios significativos para serem implementadas em larga escala, especialmente em países em desenvolvimento, onde a falta de financiamento e infraestrutura limita sua expansão.
O roteiro do G20 para aumentar investimentos em energia limpa destaca que essas tecnologias não apenas complementam as soluções renováveis tradicionais, como solar e eólica, mas também são essenciais para descarbonizar setores difíceis de eletrificar, como indústrias pesadas e transporte de longa distância. No entanto, para liberar todo o seu potencial, é necessário um esforço conjunto que envolva governos, instituições financeiras e o setor privado.
Embora fontes de energia renováveis já estejam transformando a matriz energética global, setores como a siderurgia, cimento e transporte marítimo continuam dependentes de combustíveis fósseis. Tecnologias como o hidrogênio verde oferecem uma alternativa viável, permitindo substituir combustíveis fósseis por soluções limpas em processos industriais e no transporte de longa distância. Além disso, o hidrogênio verde pode servir como meio de armazenamento de energia, ajudando a resolver o problema da intermitência das fontes renováveis.
A captura e armazenamento de carbono (CCUS) é outra tecnologia promissora. Essencial para reduzir emissões em indústrias intensivas em carbono, como a petroquímica, o CCUS também pode ser usado para criar combustíveis sintéticos de baixa emissão. Em paralelo, biocombustíveis avançados e combustíveis sintéticos oferecem soluções para setores como aviação, onde a eletrificação ainda enfrenta barreiras técnicas significativas.
Porém, o desenvolvimento dessas tecnologias ainda está em estágios iniciais, especialmente em países em desenvolvimento. Os altos custos iniciais, a falta de mercados maduros e a percepção de risco por parte dos investidores dificultam sua adoção em larga escala.
Embora as tecnologias emergentes sejam muitas vezes associadas a economias avançadas, países em desenvolvimento têm um papel crucial a desempenhar na sua adoção. Com vastos recursos naturais e uma demanda crescente por energia, essas economias podem se tornar líderes na produção e exportação de tecnologias limpas. No entanto, isso só será possível com o suporte de financiamento internacional e políticas públicas bem desenhadas.
O roteiro do G20 sugere a criação de fundos dedicados para financiar projetos de tecnologias emergentes em países em desenvolvimento. Esses fundos, administrados por instituições como bancos de desenvolvimento e filantropias, poderiam oferecer capital inicial e mitigação de riscos para atrair investidores privados. Além disso, parcerias público-privadas podem acelerar a comercialização dessas tecnologias, garantindo que elas sejam economicamente viáveis e acessíveis.
No Brasil, iniciativas como a captura de carbono no setor de petróleo e gás estão ganhando espaço. A Petrobras, por exemplo, está investindo em projetos de CCUS para reduzir as emissões em suas operações. Além disso, o país está explorando o potencial de combustíveis sustentáveis para aviação, aproveitando sua experiência consolidada na produção de biocombustíveis.
No Oriente Médio, a Arábia Saudita lidera um dos maiores projetos de hidrogênio verde do mundo, com o objetivo de exportar o combustível para mercados internacionais. Esses exemplos mostram que, com o suporte certo, os países em desenvolvimento podem se tornar pioneiros em tecnologias emergentes.
O roteiro do G20 identifica três áreas principais que precisam de atenção para escalar tecnologias emergentes:
As tecnologias emergentes representam uma oportunidade única para os países em desenvolvimento não apenas contribuírem para a mitigação das mudanças climáticas, mas também para impulsionarem o crescimento econômico e a inovação. Com a implementação de políticas eficazes e a mobilização de recursos, essas economias podem se posicionar como líderes em setores estratégicos da nova economia global de baixo carbono.
O futuro da transição energética dependerá da capacidade de escalar essas tecnologias, garantindo que elas sejam acessíveis e economicamente viáveis para todos os países. Mais do que um desafio, o avanço das tecnologias emergentes é uma oportunidade de transformar a crise climática em um motor de inovação, progresso e inclusão. O mundo precisa de energia limpa, e os países em desenvolvimento têm o potencial de liderar esse movimento.
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