Nos próximos dias, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula Social do G20, evento que precede o grande encontro dos líderes das maiores economias do mundo. Entre os destaques, está o seminário “Futuros Sustentáveis: o Papel da Agricultura Familiar no Combate à Fome, à Pobreza, e às Mudanças Climáticas”, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) do Brasil. O seminário ocorre ao longo de quinta-feira, 14 de novembro, com a participação da ministra em exercício, Fernanda Machiaveli.
A agricultura familiar tem se mostrado essencial para enfrentar crises globais como a fome e as mudanças climáticas. Investimentos nessa área são fundamentais, pois possibilitam a transformação dos sistemas alimentares e o fortalecimento da preservação ambiental. Dados do Banco Mundial apontam que investimentos na agricultura familiar podem gerar US$ 4,5 bilhões em novos negócios e criar 120 milhões de empregos dignos globalmente. Com a liderança brasileira, essa área se tornou prioridade no Grupo de Trabalho de Agricultura do G20 pela primeira vez na história.
Além do seminário inicial, o G20 Social contará com outras atividades que colocam a agricultura familiar como protagonista. Entre elas, está a plenária “Mudanças Climáticas e Transição Justa”, que será conduzida pelo ministro Paulo Teixeira na sexta-feira, 15 de novembro, após seu retorno da COP 29. Essa sessão contará com a presença de representantes de outros ministérios, incluindo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além de entidades como o Dieese.
Outro momento importante será a atividade dedicada à Reforma da Governança Global, onde o MDA convida povos e comunidades tradicionais a se manifestarem. Essa reflexão pretende estruturar uma proposta para a reforma da governança a partir das cosmovisões desses povos, abordando perspectivas únicas sobre sustentabilidade e preservação.
Na quarta-feira, 13 de novembro, ocorrerá uma reunião com organizações e movimentos sociais para consolidar a mensagem que a agricultura familiar levará ao documento final do G20 Social. Participam desse encontro membros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e representantes de movimentos nacionais e internacionais do campo, das águas e das florestas. O objetivo é reforçar a necessidade de políticas públicas inclusivas e sustentáveis.
O Brasil, como país anfitrião do G20, exerce um papel central na defesa da agricultura familiar como estratégia contra a fome e as mudanças climáticas. Este setor é responsável pela produção de grande parte dos alimentos consumidos no país e tem potencial para ser replicado como modelo internacional. A agricultura familiar promove a diversidade alimentar, valoriza saberes tradicionais e contribui diretamente para a sustentabilidade dos ecossistemas.
Fundado em 1999, o G20 é um fórum de cooperação econômica internacional que tem o objetivo de fortalecer a economia global e o desenvolvimento socioeconômico. Ele inclui as maiores economias do mundo, como Estados Unidos, China, Índia e União Europeia, além de representantes regionais, como União Africana e a própria União Europeia.
Com presidências anuais rotativas, o Brasil exerce a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Durante essa presidência, o país tem trabalhado ao lado da Índia e da África do Sul, estabelecendo uma agenda focada em justiça social, sustentabilidade e equidade econômica.
Estima-se que a inclusão da agricultura familiar nas discussões do G20 tenha um impacto duradouro, incentivando políticas públicas que valorizem a produção sustentável e respeitem os ecossistemas locais. As metas de erradicação da fome e mitigação das mudanças climáticas podem ser alcançadas com maior apoio ao pequeno produtor, que tem um papel fundamental na segurança alimentar e na proteção da biodiversidade.
De acordo com especialistas, políticas voltadas para a agricultura familiar geram benefícios sociais e econômicos ao permitir que comunidades rurais tenham maior acesso a recursos e tecnologia, além de melhorar a produtividade e promover o desenvolvimento sustentável. Para o Brasil, o apoio a esses agricultores contribui diretamente para reduzir a desigualdade e ampliar a segurança alimentar em regiões vulneráveis.
Com a liderança brasileira, espera-se que a agricultura familiar continue sendo uma prioridade nas discussões globais, não só no G20, mas em fóruns internacionais como a FAO e a ONU. Os desafios impostos pela crise climática exigem soluções inovadoras e integradas, que respeitem as tradições locais e promovam o uso sustentável dos recursos naturais.
A inclusão da agricultura familiar nas pautas do G20 representa um avanço significativo para a sustentabilidade e a justiça social no combate à fome e às mudanças climáticas. Com o apoio do governo brasileiro, esse setor tem mostrado seu
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