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Geração Global de Resíduos Pode Alcançar 3,8 bi de Toneladas Anuais até 2050

 

Anualmente, mais de 2,3 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são geradas, uma quantidade que, se disposta em contêineres de transporte e alinhada lado a lado, poderia percorrer uma distância maior do que a viagem até a Lua e de volta.

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Durante o terceiro dia da Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, UNEA-6, um relatório lançado pela agência ambiental da ONU, PNUMA, e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos, ISWA, alerta que a produção de lixo em áreas urbanas deve continuar crescendo, podendo chegar a 3,8 bilhões de toneladas até 2050.

O estudo intitulado “Além de uma Era de Resíduos: Transformando o Lixo em Recurso” – Panorama Global do Manejo de Resíduos 2024 foi apresentado na quarta-feira pela diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, pelo presidente do ISWA, Carlos Silva Filho, e pela pesquisadora líder do estudo, Zoë Lenkiewicz.

O relatório traz uma mensagem crucial, indicando a necessidade urgente de mudanças no sistema de gestão de resíduos sólidos. Carlos Silva Filho ressaltou que, se as práticas atuais persistirem, a geração de resíduos só aumentará, passando de mais de 2 bilhões de toneladas em 2020 para 3,8 bilhões de toneladas em 2050, com taxas de reciclagem ainda abaixo do necessário e 40% dos resíduos sendo destinados de forma inadequada.

O custo global direto da gestão de resíduos em 2020 foi estimado em US$ 252 bilhões, mas com os custos ocultos associados à poluição e problemas de saúde, o valor aumenta para US$ 361 bilhões. Sem medidas eficazes, esse custo anual poderá quase dobrar até 2050, atingindo US$ 640,3 bilhões.

Inger Andersen destacou a relação entre a geração de resíduos e o Produto Interno Bruto (PIB), observando que economias em rápido crescimento enfrentam o desafio do aumento acelerado de resíduos. Identificar medidas práticas para um futuro mais sustentável é essencial, ressaltando o papel crucial dos líderes no setor público e privado na promoção de uma abordagem de desperdício zero.

O estudo destaca a urgência da transição para uma abordagem de desperdício zero, enfatizando a necessidade de aprimorar a gestão de resíduos para combater a poluição, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos negativos na saúde humana. A pesquisa ressalta que, como a poluição causada por resíduos é um problema global, é vital o comprometimento com a prevenção e investimento em gestão de resíduos onde ainda é deficiente.

Redação Revista Amazônia

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