O Governo de São Paulo avança na implementação de um novo mecanismo financeiro voltado para a mitigação e adaptação climática. Batizado de Finaclima, o sistema tem como objetivo conectar recursos privados a projetos ambientais, proporcionando um canal eficiente e transparente para investimentos sustentáveis. A iniciativa visa impulsionar o reflorestamento e outras práticas ambientais no estado, que abriga a Mata Atlântica, o bioma mais devastado do Brasil.
O Finaclima não se trata apenas de um fundo tradicional, mas de um mecanismo de financiamento flexível que permite a alocação direta de recursos sem intermediação governamental. Essa abordagem foi escolhida para garantir maior celeridade e eficiência na destinação dos fundos, evitando burocracias excessivas que frequentemente atrasam a execução de iniciativas ambientais.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) está em fase final de seleção da entidade que irá gerir o Finaclima. Três instituições seguem na disputa: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com taxa de administração de 12%; Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), com 13%; e Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), com 10%.
A escolha final, após uma análise detalhada dos aspectos técnicos e de custo do serviço, deve ocorrer até o final de fevereiro, com assinatura do acordo de cooperação prevista para abril. Outras instituições, como a Sitawi e a Fundação Getúlio Vargas Europe Internacional, também demonstraram interesse, mas foram desclassificadas por não atenderem às exigências documentais.
A secretária Natália Resende ressalta que o diferencial do Finaclima está na solidez dos dados que o Estado de São Paulo oferece aos investidores. “Temos informações robustas e um portfólio bem estruturado, algo que falta em muitos projetos ambientais ao redor do mundo. Isso garante segurança jurídica e atrai investimentos de longo prazo”, afirma.
Para melhor ilustrar a funcionalidade do Finaclima, podemos compará-lo a um mercado de carbono interativo: de um lado, empresas e instituições financeiras que desejam destinar recursos para mitigar seus impactos ambientais; do outro, projetos sustentáveis que precisam de financiamento para ganhar escala. O Finaclima age como um elo confiável, garantindo transparência e responsabilidade na aplicação dos recursos.
A diferença em relação a outras iniciativas similares está na não retenção de recursos pelo Estado: todo o capital, exceto o montante destinado à gestora selecionada, será diretamente repassado aos projetos ambientais. Isso elimina barreiras burocráticas e aumenta a eficiência do financiamento.
A criação do Finaclima representa um passo importante para tornar o setor privado um aliado ativo na preservação da Mata Atlântica e outros ecossistemas vulneráveis do Estado. Além disso, o mecanismo deve atrair investimentos internacionais, fortalecendo o papel de São Paulo como líder nacional em estratégias de financiamento verde.
Com a iminente seleção da entidade gestora, a expectativa é de que os primeiros projetos financiados pelo Finaclima sejam anunciados ainda no segundo semestre de 2025. O sucesso da iniciativa poderá servir de modelo para outros estados brasileiros e até para países que buscam soluções eficazes para conectar recursos privados a causas ambientais.
O futuro do reflorestamento e da sustentabilidade pode estar na integração entre tecnologia, transparência e investimentos responsáveis. O Finaclima surge como uma ponte essencial para conectar o capital à conservação do meio ambiente, criando uma sinergia positiva entre economia e ecossistemas naturais.
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