Hydro Paragominas amplia frota de veículos elétricos nas operações

A demanda crescente por este tipo de veículo no país é um reflexo da busca pela descarbonização e a empresa investe na renovação da frota.

Como parte da sua estratégia de descarbonização até 2030, a Hydro Paragominas, mina de bauxita localizada no Pará, está cada vez mais alinhada à tendência do transporte elétrico. A novidade mais recente, em parceria com a Irmen Máquinas, foi a aquisição de dois caminhões SANY SKT90E, 100% elétricos, cada um com capacidade de 60 toneladas.

“Comparado com o modelo 8×4 utilizado, com capacidade para 36 toneladas, cada caminhão elétrico representa a redução de cerca de 190 toneladas de COpor ano e tem cerca de 12 horas de autonomia por carga. O seu desempenho dentro da rotina da mina em diferentes cenários e condições climáticas será avaliado nos próximos meses”, explica Edil Pimentel, gerente da Operação de Mina da Hydro Paragominas.

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A chegada dos caminhões é mais uma ação na lista de iniciativas da mineradora em contribuição para a estratégia de descarbonização até 2030. Outra medida foi a mudança na estrutura do contrato de locação de veículos leves, substituindo 50% da frota de combustão a diesel por veículos com combustão a etanol. A Hydro Paragominas também adquiriu este ano 10 carros elétricos para compor sua frota de veículos leves, substituindo modelos convencionais abastecidos com diesel.

“A aquisição dos carros elétricos significa uma redução de emissão de 120 toneladas de CO2 por ano, representando 332 árvores plantadas no mesmo período. Ao mudar o combustível, também reduzimos 575 toneladas de CO² no meio ambiente. E seguimos pesquisando no mercado novas alternativas para reduzir a utilização de diesel nas operações”, comenta Eduardo Pedras, gerente de Infraestrutura da Hydro Paragominas.

Segundo os dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), o número de carros elétricos em circulação no país triplicou nos últimos três anos. Embora ainda esteja atrás na frota deste tipo de veículo em relação a outros países, a procura tem crescido no Brasil e representou aproximadamente 3% dos emplacamentos de 2022, de acordo com o Ministério da Infraestrutura.

Transporte mais confortável e sustentável

Outra novidade na Hydro Paragominas está nos ônibus utilizados para transportar os empregados na ida e volta da cidade e dentro da mina. Oito veículos foram equipados com um sistema inovador de ar-condicionado 100% elétrico. A novidade foi incorporada pela fornecedora de transporte Caliman com objetivo de apoiar a meta da Hydro de reduzir as emissões de CO2. O sistema vai funcionar em caráter de testes com expectativa de expansão para 100% da frota que atende a mina, gerando uma redução estimada de 220 toneladas de CO2 por ano, segundo a contratada.

“Nossa expectativa é reduzir o custo com a manutenção dos aparelhos, reduzir o tempo do veículo parado para manutenção, alcançar o menor consumo de combustível e contribuir para mitigar as emissões de CO2”, comenta Thiago Caliman, diretor da transportadora.

A Hydro é a primeira mineradora no país que contará com a tecnologia desenvolvida pela empresa catarinense Innovaklim. O novo sistema de refrigeração funciona com compressor elétrico e alimentação por baterias, o que reduz o consumo de combustível nos veículos. Um dos ônibus tem um sistema combinado com painéis fotovoltaicos para utilização da luz solar como energia elétrica para o veículo. A frota atual a serviço da Hydro é de 35 ônibus. Após o período de testes com os novos aparelhos de ar-condicionado, será avaliada a mudança no restante.

“Os usuários vão perceber menos ruído e mais conforto térmico. Para as empresas, otimização do tempo e custos de manutenção, além de maior disponibilidade do veículo. A Hydro Paragominas está sempre buscando tecnologias que melhorem a segurança, o bem-estar e a produtividade dentro da mina e felizmente nossos fornecedores e parceiros têm comprado a ideia da sustentabilidade e investindo para serem mais competitivos no mercado, ficamos felizes de incentivar estas práticas”, conclui Eduardo Pedras.

Redação Revista Amazônia

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