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Integração de Parques Eólicos Offshore à Rede Elétrica Brasileira

Parques eólicos inovadores

Um projeto inovador do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) está explorando tecnologias avançadas para conectar parques eólicos offshore à rede elétrica do Brasil e fornecer eletricidade às plataformas de óleo e gás. Financiado pela TotalEnergies, o projeto é uma colaboração entre a FAPESP, Shell e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

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Parques eólicos instalados no mar
Plataforma de combustível abastecida com energia eólica

Projeto TransBRcoast

Sob a liderança do engenheiro eletricista Renato Machado Monaro, vinte pesquisadores estão desenvolvendo ferramentas para determinar a tecnologia mais eficiente para cada cenário de transmissão de energia marítima. O projeto TransBRcoast enfrenta o desafio de transmitir energia tanto dos parques eólicos, localizados a até 30 quilômetros da costa, quanto das plataformas de petróleo, situadas a uma média de 148 quilômetros de distância.

Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa
Medidor de gás na USP

Descarbonização na produção de petróleo e gás

O objetivo é descarbonizar a produção de petróleo e gás, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e as emissões de CO2. A equipe está avaliando os limites tecnológicos e custos de sistemas existentes, bem como a capacidade de geração dos parques eólicos e o consumo energético das plataformas.

Três tecnologias estão sob investigação:

  1. Transmissão em Alta Tensão em Corrente Alternada (50/60 Hz): É a tecnologia mais madura, mas limitada a cerca de 50 quilômetros da costa.
  2. Low Frequency Alternating Current (LFAC): Opera com um terço da frequência convencional (16,67/20 Hz) para reduzir perdas e aumentar a potência transferida, adequada para distâncias intermediárias de 30 a 75 quilômetros.
  3. High Voltage Direct Current (HVDC): Ideal para longas distâncias, requer estações conversoras de potência CA/CC, o que pode elevar os custos.

O relatório final do projeto será entregue à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e disponibilizado ao público. Este estudo não só avança na pesquisa, mas também fornece diretrizes para futuras implementações no setor energético brasileiro.

Redação Revista Amazônia

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