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Pesquisa Propões Formas de Integração dos Renováveis ao Sistema Elétrico Brasileiro

 

A transição energética global requer uma integração eficiente das fontes renováveis aos sistemas elétricos existentes, e o Brasil, com sua matriz energética já avançada, está em posição privilegiada para liderar esse processo. No entanto, ainda há desafios significativos a serem superados, incluindo aprimoramentos socioambientais, regulatórios, operacionais, de planejamento e de formação de preços.

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Essa é a principal conclusão do relatório “Integração de energias renováveis ao sistema elétrico brasileiro”, elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e pela Coalizão Energia Limpa. O estudo aponta os obstáculos e sugere ações estratégicas para que o Brasil consiga incorporar de forma eficaz o crescente número de projetos de energia solar, eólica e de biomassa em sua rede elétrica.

O documento destaca vários pontos fundamentais para essa integração:

  1. Reconfigurar o papel das hidrelétricas: A operação das hidrelétricas deve ser otimizada para funcionar como armazenamento de energia e fornecer potência em momentos críticos. Isso ajudará a equilibrar a intermitência das fontes eólica e solar e a lidar com incidentes na transmissão de eletricidade.
  2. Planejamento de longo prazo: É essencial planejar a expansão das redes de transmissão com uma perspectiva superior aos atuais cinco anos, alinhando o crescimento das fontes renováveis ao desenvolvimento da infraestrutura de transmissão.
  3. Investimento em armazenamento de energia: Sistemas de armazenamento, como baterias, são cruciais para maximizar o potencial das energias renováveis intermitentes.
  4. Ampliação dos parques híbridos: A combinação de diferentes fontes de energia, como solar e eólica ou solar e hidrelétrica, deve ser incentivada para garantir maior eficiência e segurança no fornecimento.
  5. Novas tecnologias de armazenamento: Investir em soluções tecnológicas para armazenar a energia gerada pela geração distribuída fotovoltaica, cuja produção é maior durante o dia.
  6. Incentivo às térmicas a biomassa: Explorar o potencial ainda subutilizado do biogás e da biomassa, especialmente a partir de resíduos florestais e agrícolas.

Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA e autor do estudo, enfatiza a necessidade de adaptação do setor elétrico ao crescimento das renováveis: “Eventos recentes, como o desperdício de energia eólica e solar e o vertimento de água das hidrelétricas, mostram que o sistema precisa se ajustar para maximizar essas fontes, em vez de limitá-las. A tendência é que haja cada vez mais pressão no sistema para atender picos de demanda causados por ondas de calor.”

Em uma atualização importante, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) planeja aumentar em setembro os limites de exportação da energia gerada no Nordeste para o restante do país. Com a operação da linha de transmissão Jaguaruana II-Pacatuba, espera-se que esses limites subam de 11.600 megawatts (MW) para 13.000 MW, ajudando a reduzir os cortes na geração renovável. Essa mudança ocorre após um evento em equipamentos no Ceará, em agosto passado, ter causado um apagão de grandes proporções no Brasil.

Redação Revista Amazônia

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