Mais de mil comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas da Amazônia agora têm acesso à internet, graças ao projeto Conexão dos Povos da Floresta. A iniciativa, que atingiu essa meta em agosto, busca promover inclusão digital, segurança e empoderamento dessas populações por meio da conectividade.
Entre as beneficiadas está a comunidade quilombola Vila São José do Gurupi, no Pará, uma das quatro comunidades quilombolas já conectadas. A internet trouxe novas possibilidades para os moradores, como a oportunidade de realizar estudos e cursos técnicos, algo que antes era inacessível. “Estão surgindo novas oportunidades que eu não tive para estudar e fazer um curso técnico. É um projeto maravilhoso para mim e para a comunidade”, destacou a assistente social Thaís Ribeiro.
Alberico Manchineri, líder indígena da Aldeia Extrema, localizada na Terra Indígena Mamoadate, no Acre, ressaltou como a conexão à internet permitiu que os jovens da comunidade estudassem à distância e concluíssem o ensino médio e cursos técnicos, como enfermagem e informática. “Os barcos de alumínio não apenas levam fiscalização para nossos parentes isolados, mas também saúde e conhecimento tecnológico”, afirmou.
As comunidades contempladas recebem um kit de conectividade, que inclui um roteador de alta capacidade, antena de internet via satélite, celular e computador. Onde não há energia elétrica estável, também são fornecidos kits de energia solar, garantindo que a rede funcione 24 horas por dia.
Lançado em 2022 e operacional desde janeiro de 2023, o Conexão dos Povos da Floresta é conduzido por organizações como a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), em colaboração com mais de 30 instituições e empresas.
O objetivo é conectar 4.537 comunidades em territórios protegidos da Amazônia Legal até 2025. Esses territórios, responsáveis por conservar um terço das florestas do Brasil, são fundamentais para a preservação ambiental.
Juliana Dib Rezende, secretária-executiva do projeto, explicou que a iniciativa busca não apenas fornecer conexão, mas também promover um uso consciente e significativo da tecnologia, adaptado às necessidades das comunidades. “Nosso foco é mostrar como a tecnologia pode ser usada para desenvolver a autonomia e o bem-estar nos territórios”, disse.
As ações do projeto se expandem por toda a Amazônia, com instalações simultâneas em vários estados. O empoderamento digital é um aspecto central, oferecendo ferramentas para que as comunidades possam gerir e utilizar a tecnologia de forma eficaz e transformadora.
O projeto, financiado por empresas como Fundo Vale, Bradesco e Itaú, e organizações como o Instituto Clima e Sociedade (ICS), realizou sua primeira instalação piloto em março de 2023, na Terra Indígena Yanomami. A instalação mais recente ocorreu na comunidade Serafina, na Reserva Extrativista Terra Grande-Pracuúba, no Pará. Até o momento, mais de 27 mil usuários estão cadastrados, beneficiando diretamente cerca de 81 mil pessoas.
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