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Itaipu destaca soluções de energia limpa no Show Rural Coopavel 2025

A partir do dia 10 de fevereiro, em Cascavel (PR), a Itaipu Binacional será uma das principais atrações do Show Rural Coopavel 2025, apresentando um tema fundamental para o agronegócio e para a sociedade como um todo: a transição energética. Pioneira em geração hidrelétrica e reconhecida por investimentos socioambientais, a empresa mostra como substituir gradativamente combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, colaborando para um futuro melhor tanto nas áreas rurais quanto urbanas.

Em um estande totalmente repaginado, a Itaipu vai demonstrar na prática suas iniciativas em biometano, energia solar, hidrogênio de baixo carbono (também chamado de hidrogênio verde) e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). Todas essas frentes integram o programa Itaipu Mais que Energia, alinhado às diretrizes federais e voltado à ampliação de soluções de energia limpa. O público também poderá conferir, em telões interativos, ações e resultados já alcançados pela empresa em diferentes territórios, diretamente relacionadas ao campo.

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Outro ponto alto da participação da Itaipu será a reflexão sobre os efeitos das mudanças climáticas: secas, enchentes, incêndios florestais e extremos de temperatura. Ao percorrer o estande, o visitante é convidado a conhecer tecnologias que podem reverter, ou pelo menos amenizar, esses cenários de crise climática. Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, “a transição energética cria caminhos para a sustentabilidade no agro e, ao mesmo tempo, abre oportunidades de negócio ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa e fomentar fontes renováveis de energia.”

Diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri. Foto: Abel Rojas/Itaipu Binacional.

A seguir, confira os principais projetos que a Itaipu destacará durante o evento.

Biodigestores e Biometano

A Itaipu Binacional vem apoiando a implantação de biodigestores em vários municípios paranaenses, possibilitando que resíduos orgânicos sejam convertidos em biogás, posteriormente transformado em biometano. Essa tecnologia gera renda extra ao produtor, ajuda a tratar os resíduos de forma ecológica e oferece uma alternativa de energia limpa no campo.

Casos de sucesso incluem uma central em Toledo que trata dejetos de cerca de 41 mil suínos e produz eletricidade para abastecer 1.500 casas de médio porte; projetos semelhantes em Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Santa Helena e São Miguel do Iguaçu; além da instalação de 534 biodigestores de pequeno porte em diversos municípios, por meio do primeiro edital do Programa Itaipu Mais que Energia. A iniciativa chegou inclusive a Belém (PA) – sede da COP30 –, onde 32 biodigestores foram instalados em escolas, gerando conhecimento prático e energia limpa.

Biodigestores instalados em Belém

Energia Solar e Usinas Flutuantes

No âmbito da energia solar, a Itaipu está conduzindo estudos que podem beneficiar tanto grandes produtores quanto pequenos agricultores. Um dos exemplos mais interessantes é a usina solar flutuante, instalada de forma experimental no próprio reservatório da hidrelétrica. Essa inovação pode se tornar modelo para outros reservatórios do país, aproveitando espaços aquáticos para geração de energia limpa.

Usina solar flutuante,

Além disso, o primeiro edital do Programa Itaipu Mais que Energia contempla a instalação de 42.674 kWp em painéis solares em municípios do Paraná e do sul do Mato Grosso do Sul, o que equivale ao consumo médio de uma cidade com cerca de 100 mil habitantes. Outro projeto de destaque é a parceria com a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa), viabilizando quatro grandes usinas fotovoltaicas e 29 pequenas plantas em hospitais filantrópicos do estado. O resultado esperado é uma economia estimada de R$ 11,7 milhões anuais, que poderá ser redirecionada para atender melhor a população.

Hidrogênio de Baixo Carbono (H₂V)

A pesquisa em hidrogênio verde é outra frente em que a Itaipu e o Itaipu Parquetec se destacam. Obter hidrogênio a partir de fontes renováveis é o grande desafio para a descarbonização de setores que ainda dependem fortemente de combustíveis fósseis, como a indústria pesada e o transporte de cargas.

Estudos em andamento buscam soluções de armazenamento mais seguras e eficientes, como o hidrogênio em estado sólido, e a cooperação com Furnas Centrais Elétricas para desenvolver um sistema de geração de energia elétrica sustentável a partir de hidrogênio verde. O uso dessa fonte de energia no campo pode viabilizar tratores e maquinários mais limpos, bem como fertilizantes menos poluentes, trazendo benefícios econômicos e ambientais para produtores rurais.

Pesquisas com hidrogênio verde. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional.

Combustível Sustentável de Aviação (SAF)

Outro projeto de ponta da Itaipu, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e o H2Brasil, é a produção de bio-syncrude – um petróleo sintético obtido a partir de biogás e hidrogênio verde, que serve de base para o Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Essa primeira unidade de produção de hidrocarbonetos renováveis do Brasil foi inaugurada em junho de 2024, na área da própria hidrelétrica.

O objetivo é produzir cerca de 6 kg por dia de bio-syncrude, usando até 50 Nm³/d de biogás e 53 Nm³ de hidrogênio verde gerados nas instalações experimentais da Itaipu e do Itaipu Parquetec. O material segue para análises e refino na Universidade Federal do Paraná (UFPR), com vistas à obtenção de um combustível limpo para aviões. No futuro, o SAF pode inclusive viabilizar aeronaves agrícolas menos poluentes, além de abrir mercado para agricultores que forneçam matérias-primas ou resíduos para produção do combustível.

Pesquisas com combustível sustentável de aviação (SAF). Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional.

Vitrine Tecnológica de Agroecologia

Há duas décadas, a Vitrine Tecnológica de Agroecologia (Vital) atrai grande atenção no Show Rural Coopavel. Em 2025, o tema “Construindo Conhecimento Agroecológico” reúne instituições que demonstram técnicas de agricultura orgânica e sustentável, com foco na inclusão de pequenos produtores, indígenas, quilombolas e assentados.

A Itaipu é mantenedora desse espaço e divulgará suas ações de conservação de plantas medicinais, condimentares, aromáticas e espécies alimentícias não convencionais (PANCs). Também apresentará iniciativas desenvolvidas no Refúgio Biológico Bela Vista, evidenciando a importância das abelhas sem ferrão (meliponídeos) para a produção de mel e polinização de culturas.

O público encontrará ainda inovações como galinheiros móveis, maquetes vivas de cultivo suspenso e flores comerciais produzidas a céu aberto ou em vasos. O objetivo é mostrar como as propriedades rurais podem se tornar mais diversificadas e lucrativas, sem abrir mão do cuidado com o meio ambiente.

Redação Revista Amazônia

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