COP 30

Onças da Jaguar Parade transformam Belém em galeria a céu aberto

A chegada das esculturas da Jaguar Parade ao Mangal das Garças, em Belém, transforma o parque em um cenário vibrante dedicado à proteção da onça-pintada e da floresta amazônica. De 14 a 16 de novembro, o espaço recebe parte do circuito artístico que tomou conta da cidade durante a COP30, com obras que misturam cor, imaginação e ativismo, aproximando público e mensagem ambiental. A iniciativa, idealizada pela produtora cultural Artery, reforça a importância de aproximar arte pública e conservação num momento em que os holofotes internacionais estão voltados para a Amazônia.

A exposição reúne cinquenta e duas esculturas de onças-pintadas, criadas em grande parte por artistas paraenses sob curadoria de Vânia Leal. É um conjunto que transforma referências regionais em peças de impacto visual, espalhadas por pontos estratégicos da capital até o dia 30 de novembro. As obras convidam moradores e visitantes a refletir sobre a ameaça crescente à espécie e aos ecossistemas que ela representa, especialmente em um período em que debates climáticos e socioambientais ganham força na cidade.

Das esculturas exibidas, quarenta e duas foram produzidas no Pará e duas vieram do Maranhão. As demais integram edições anteriores da Jaguar Parade, que já percorreu cidades como Nova York, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Paris, reunindo mais de 250 artistas ao longo de suas edições. A intenção é clara: usar o espaço urbano como vitrine para sensibilizar o público e mobilizar apoio à proteção da onça-pintada, o maior felino das Américas e um símbolo cada vez mais ameaçado.

Antes de ocupar o Mangal das Garças, as obras circularam por lugares emblemáticos da capital paraense, como o Portal da Amazônia, o Boulevard da Gastronomia, o Forte do Presépio, o Ver-o-Peso, o Ver-o-Rio, a Estação das Docas e a Ilha do Combu. Também passaram por praças históricas, como República, Batista Campos e Frei Brandão, além do Santuário de Nazaré. Em bairros periféricos, foram exibidas nas Usinas da Paz, ampliando o alcance territorial da mensagem ambiental. Nos shoppings Boulevard e Parque, aproximaram a arte do cotidiano de milhares de pessoas. Dez esculturas participaram ainda do Global Citizen Festival: Amazônia, e outras duas desfilaram na Varanda de Nazaré durante o Círio.

Divulgação – Jaguar Parade

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A mobilização simbólica da Jaguar Parade ganha força com a participação de figuras públicas reconhecidas. A embaixadora da edição belenense, Dani Filgueiras, do canal Dani Viaja, se junta às madrinhas Gaby Amarantos, Fafá de Belém e Isabelle Nogueira para reforçar a necessidade de proteção da onça-pintada e das florestas que garantem sua sobrevivência. Artistas, jornalistas e criadores de conteúdo integram o grupo Amigos da Onça, que amplia o alcance da iniciativa, aproximando diferentes públicos da causa ambiental.

O impacto da exposição também se materializa no leilão beneficente das esculturas, realizado pela plataforma IArremate até 1º de dezembro. Os lances começam em cinco mil reais, e a arrecadação será destinada a instituições que atuam na conservação da onça-pintada e de seu habitat natural, entre elas Onçafari, Panthera, AMPARA Silvestre, SOS Pantanal, Instituto Libio e Instituto Peabiru, além da BNBRC.

A edição de 2025 é apresentada pela ISA Energia Brasil, com patrocínio premium de Itaú, BTG Pactual, Hydro, Suzano e Fairfax Seguros. O patrocínio diamante inclui Tintas Sherwin-Williams, Consigaz, Premier Pet, BRQ e Sotreq, além da Marfrig e BRF. A iniciativa também conta com o apoio do Shopping Boulevard e do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Cultura, em uma realização conjunta com o Ministério da Cultura via Lei Rouanet.

Ao ocupar o Mangal das Garças, a Jaguar Parade transforma o parque em um espaço de convivência, contemplação e consciência ambiental. A visita é gratuita, das 8h às 18h, e funciona como convite aberto para que moradores e visitantes experimentem a arte como ponte entre beleza e responsabilidade socioambiental.

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