Fonte: Meteored.
Em uma descoberta que promete reescrever os livros de astrofísica, o Telescópio do Horizonte de Eventos (EHT) capturou, pela primeira vez, imagens detalhadas de um buraco negro supermassivo ejetando matéria em jatos relativísticos que atingem 99% da velocidade da luz.
Esta observação revolucionária, publicada no Astrophysical Journal Letters, foca-se no buraco negro no centro da galáxia M87, oferecendo insights sem precedentes sobre um dos fenômenos mais energéticos do universo.”É como assistir a um dragão cósmico cuspindo fogo,” descreve a Dra. Shep Doeleman, diretora do projeto EHT.
“Estes jatos são tão poderosos que podem influenciar a evolução de galáxias inteiras, e agora os vemos se formando em tempo real.”O EHT, uma rede global de radiotelescópios que funciona como um único telescópio do tamanho da Terra, utilizou técnicas avançadas de interferometria para capturar imagens com uma resolução sem precedentes:
As imagens revelam detalhes surpreendentes sobre a formação e estrutura dos jatos:
“Estamos testemunhando a transformação de energia gravitacional em energia cinética em uma escala cósmica,” explica o Dr. Roger Blandford, astrofísico teórico da Universidade Stanford. “É a confirmação observacional de décadas de teoria e simulações.”
O impacto desta descoberta se estende por várias áreas da astrofísica:
A comunidade científica está entusiasmada com as possibilidades abertas por esta observação. “Isto muda tudo o que pensávamos saber sobre buracos negros supermassivos,” comenta a Dra. Andrea Ghez, ganhadora do Prêmio Nobel de Física. “É o equivalente astrofísico de ver átomos pela primeira vez.”As implicações vão além da ciência pura.
A tecnologia desenvolvida para o EHT tem aplicações potenciais em campos como:
No entanto, a descoberta também levanta novas questões:
A equipe do EHT já está planejando observações futuras com resolução ainda maior. “Estamos trabalhando para adicionar mais telescópios à rede e até mesmo colocar um no espaço,” revela Doeleman. “Isso nos permitirá ver detalhes ainda mais finos e possivelmente até observar a própria estrutura do espaço-tempo próximo ao horizonte de eventos.“
Esta descoberta marca um momento crucial na nossa exploração do universo. Ao observar diretamente os processos mais energéticos e extremos da natureza, não estamos apenas expandindo nosso conhecimento científico, mas também testando os limites da tecnologia e da engenhosidade humana.
À medida que continuamos a desvendar os mistérios dos buracos negros, nos aproximamos de uma compreensão mais profunda das forças fundamentais que moldam nosso universo. A imagem destes jatos relativísticos não é apenas uma conquista científica notável; é um lembrete vívido da majestade e do poder do cosmos, e do incansável espírito de investigação que impulsiona a humanidade a explorar suas fronteiras mais extremas.
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