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Marina Silva destaca importância da COP 30 em Belém e reforça papel do Pará na agenda climática

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, visitou Belém nesta quinta-feira (13) para participar da Conferência Estadual de Meio Ambiente, evento organizado pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Relevância do Pará na agenda ambiental

Durante o encontro, que integra a construção de um novo plano nacional de adaptação climática, a ministra destacou a relevância do Pará na agenda ambiental e reforçou que a COP 30, que será realizada na capital paraense em 2025, será a “COP das COPs” e a “COP da implementação”.

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“Belém será a anfitriã da COP 30, uma conferência que não é festa, mas muito trabalho. Será a COP das COPs, a COP da implementação, onde teremos a oportunidade de mostrar ao mundo como o Brasil está avançando na agenda climática”, afirmou Marina Silva. A ministra também elogiou o engajamento do Pará no processo de discussão, destacando que o estado realizou 70 conferências, sendo 61 municipais e 9 regionais, o que demonstra um amplo envolvimento da sociedade civil.

As propostas discutidas nas conferências municipais e regionais estão sendo debatidas na etapa estadual, e 20 delas serão selecionadas para representar o Pará na Conferência Nacional de Meio Ambiente, que ocorrerá em maio, em Brasília. “O Pará é um dos estados que mais contribuíram para a estratégia nacional, e quero parabenizar todos os envolvidos, especialmente os delegados e delegadas que estão trabalhando com foco na educação ambiental e na justiça climática”, ressaltou a ministra.

Sustentabilidade como modelo de desenvolvimento

Marina Silva enfatizou que a sustentabilidade não se limita a práticas ambientais, mas representa uma mudança no modelo de desenvolvimento. “A sustentabilidade é uma maneira de ser, de pensar o mundo. Já estamos vivendo os efeitos das mudanças climáticas, e nossa responsabilidade é grande. Quem pode mais, deve fazer mais”, disse. Ela também destacou que as políticas públicas ambientais surgem, em grande parte, das demandas da sociedade civil, citando como exemplo a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e outras iniciativas que nasceram de movimentos populares.

O secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, reforçou a importância do processo democrático na construção de políticas públicas. “Temos o desafio de reunir diferentes grupos de interesse no Pará para definir prioridades e propostas que contribuam para a elaboração de políticas públicas eficazes. Mais de 600 propostas foram levantadas, e agora precisamos selecionar 20 que serão levadas à etapa nacional”, explicou.

Bastos também destacou a oportunidade única de realizar a COP 30 em Belém, já que os resultados das conferências municipais, estaduais e nacional poderão ser apresentados durante o evento global. “As propostas que surgiram dos territórios brasileiros, eleitas como prioritárias no combate às mudanças climáticas, serão transformadas em um plano nacional orientativo, que guiará as políticas públicas ambientais do país”, afirmou.

COP 30 como marco para o Brasil e o mundo

A COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025, será um momento crucial para o Brasil consolidar seu papel de liderança na agenda climática global. Marina Silva ressaltou que o evento será uma oportunidade para mostrar ao mundo como o país está avançando na implementação de políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. “A COP 30 será um marco não apenas para o Brasil, mas para o mundo. É a hora de colocar em prática tudo o que discutimos e planejamos”, concluiu a ministra.

A Conferência Estadual de Meio Ambiente no Pará é um passo importante nesse processo, reunindo representantes de diversos setores da sociedade para discutir e propor soluções que possam ser transformadas em ações concretas. Com a COP 30 no horizonte, Belém se prepara para se tornar o epicentro global das discussões sobre clima e sustentabilidade, reforçando o compromisso do Brasil com um futuro mais justo e ambientalmente responsável.

Redação Revista Amazônia

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