O Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) anunciou nesta terça-feira, 11 de junho, a concessão de US$ 800 mil (aproximadamente R$ 4,2 milhões) ao governo do Pará para a criação do Museu das Amazônias. Este projeto, com suporte técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), faz parte de um acordo de cooperação técnica com a Secretaria de Cultura do Pará.
O Museu das Amazônias será um dos legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém, Pará, em novembro de 2025.
O evento de anúncio do acordo e da doação ocorreu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados, e participação virtual do governador do Pará, Hélder Barbalho. O BNDES está empenhado em atrair novos parceiros e apoios para viabilizar o museu.
“O BNDES se une a outras iniciativas para a implementação deste projeto,” afirmou Aloizio Mercadante. “Como legado da COP30, o Museu das Amazônias será um centro de difusão científica e cultural, que dará voz aos seus habitantes e comunidades de forma duradoura, construtiva e lúdica, criando um novo polo turístico.”
Sergio Díaz-Granados destacou a importância do museu como um espaço multifuncional. “Estamos lançando a pedra fundamental desse espaço crucial, que será um dos principais legados da COP 30. Será um lugar de informação, capacitação e educação, refletindo a complexidade e riqueza da Amazônia, essencial para a biodiversidade e sustentabilidade climática global. Com este apoio inicial, e com a ajuda do BNDES, faremos essa iniciativa decolar.”
O projeto do Museu das Amazônias é resultado de um acordo de cooperação entre o governo do Pará e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Os recursos do CAF serão destinados ao desenvolvimento do projeto arquitetônico e à implantação dos projetos executivos necessários para a construção do museu, garantindo qualidade técnica, sustentabilidade e alinhamento com as diretrizes da região amazônica.
A cooperação internacional incluirá programas de investigação, inovação, desenvolvimento tecnológico e conhecimentos tradicionais locais e ancestrais, sob os conceitos programáticos do museu. Está prevista a criação de um plano museológico e programas de capacitação para docentes, educadores e pesquisadores, além de redes colaborativas entre atores-chave, promovendo o intercâmbio de experiências e desenvolvimento contínuo de práticas educacionais e científicas relacionadas à Amazônia.
O Museu Goeldi (MCTI) será parceiro na construção do conteúdo museográfico e expográfico e na articulação com centros de pesquisa e produção científica da Pan-Amazônia. O museu será um espaço interativo comprometido com a sustentabilidade, biodiversidade e pluralidade cultural, onde o conhecimento científico, a inovação, o desenvolvimento tecnológico e os saberes tradicionais serão compartilhados e aplicados.
O museu abordará a diversidade dos povos da Amazônia, incluindo Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, em quatro eixos temáticos: “Amazônia Milenar,” destacando saberes ancestrais indígenas; “Amazônia Secular,” enfocando ribeirinhos, quilombolas, extrativistas e outros povos tradicionais; “Amazônia Degradada,” alertando sobre os riscos ambientais; e “Amazônias Possíveis,” debatendo os futuros do bioma.
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