Há alguns anos, o Brasil enfrentou o maior derramamento de óleo já registrado em águas tropicais, afetando 130 cidades em 11 estados. No entanto, essa não é a única ameaça às águas brasileiras. Em 2018, fardos de látex começaram a aparecer nas praias do Nordeste, vindo de dois navios nazistas afundados na Segunda Guerra Mundial.
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) descobriram que esses fardos de borracha, pesando até 200 kg, foram carregados pelos navios alemães naufragados durante a guerra. O material estava sendo transportado em embarcações afundadas no Atlântico Sul, região onde há pelo menos 548 naufrágios, sendo 53 deles de navios da Alemanha nazista, muitos carregando petróleo, borracha e outros materiais tóxicos.
O grande número de naufrágios na região deve-se às batalhas navais entre os Aliados e o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, onde os nazistas tentavam romper bloqueios navais para transportar suprimentos, como borracha e metais, da Ásia para a Europa, contornando a África. Mesmo décadas após esses afundamentos, os restos desses navios continuam a ameaçar o meio ambiente, especialmente pela possibilidade de vazamento de óleo ou liberação de materiais perigosos.
A deterioração natural das embarcações, aliada à ação de piratas e empresas ilegais que buscam explorar os metais valiosos, agrava a situação. O professor Marcelo Soares, do Labomar, alerta que a falta de monitoramento adequado desses naufrágios aumenta o risco de vazamentos de óleo e a chegada de materiais tóxicos ao litoral brasileiro.
Além de substâncias tóxicas, os naufrágios podem facilitar a introdução de espécies invasoras, como o coral-sol, que se aproveita das embarcações para colonizar novas áreas e prejudicar a biodiversidade local.
Pesquisadores defendem que o Brasil precisa de uma fiscalização mais robusta sobre os naufrágios e um plano de ação para evitar desastres ambientais futuros. O país já enfrenta incidentes frequentes de derramamento de óleo, mas a situação pode piorar com a exploração descontrolada de navios naufragados.
A Marinha Brasileira, embora realize inspeções frequentes, ainda não tem um sistema abrangente para monitorar todos os naufrágios no Atlântico Sul.
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