Economia

Pará é líder Nacional na produção sustentável de sementes de cacau

 

O Pará, estado brasileiro, tem muito a celebrar na semana da Páscoa, que coincide com o Dia Nacional do Cacau. O estado é líder na produção nacional de cacau, um feito notável que vai além dos números.

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A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) revelou que o Pará produziu cerca de 13,4 milhões de sementes híbridas de cacau no ano passado, financiadas pelo Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau). Essas sementes foram distribuídas a 5.587 produtores em 69 municípios, permitindo a implantação anual de aproximadamente 8 mil hectares de novos cultivos de cacau.

O governo do estado, através da Sedap, tem um programa dedicado ao desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau, o Procacau. Este programa permitiu ao Pará alcançar a autossuficiência na produção de sementes, aumentando a produtividade e consolidando o estado como o maior produtor nacional.

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que em 2022 o Pará produziu 145.994 toneladas de amêndoas de cacau. Ivaldo Santana, gerente do Procacau da Sedap, destacou que a autossuficiência na produção de sementes permite ao Pará vendê-las para indústrias multinacionais.

As sementes híbridas produzidas no Pará são originárias da Amazônia e incluem variedades do tipo crioulo, forasteiro e trinitário. Essas sementes são distribuídas aos produtores do Pará e também para os estados do Amapá, Amazonas e Roraima.

A produção de sementes híbridas requer cuidados especiais, incluindo uma polinização bem feita. Cada fruto de cacau produz em média 40 sementes. Para plantar um hectare, por exemplo, são necessárias 1.111 plantas. O produtor recebe os frutos, retira a mucilagem da semente e faz o plantio no saco plástico para ficar no viveiro ou no sub-bosque. Alguns meses depois, as plantas são levadas ao campo para o plantio definitivo.

As amêndoas de cacau do Pará ganharam reconhecimento mundial. Em fevereiro deste ano, os produtores Miriam Federicci e Robson Brogni, ambos de Medicilândia, foram premiados como os melhores produtores de amêndoas do planeta no Cocoa of Excellence, realizado em Amsterdã, na Holanda.

Robson Brogni destaca a importância das sementes híbridas. Ele afirma que a grande variedade genética dos híbridos resulta em plantas com alta resistência a pragas e doenças. Além disso, as amêndoas de cacau híbrido contêm mais de 50% de manteiga, o que é muito benéfico tanto para a indústria do chocolate quanto para a indústria de cosméticos.

Francisco Cruz, produtor do Sítio Clima Bom, no assentamento Tuerê, localizado no município de Novo Repartimento, também defende a utilização das sementes híbridas. Ele observou uma grande qualidade e produção com esse tipo de semente e elogiou o cuidado com que as sementes são entregues aos produtores.

Redação Revista Amazônia

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