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Parentalidade Positiva Molda o Futuro das Crianças

 

Desde o momento em que recebem a notícia da chegada de um filho, pais e mães se veem diante de uma série de desafios e decisões que influenciarão cada etapa do desenvolvimento infantil até a vida adulta. A abordagem da parentalidade positiva destaca que cada interação, prática e conhecimento compartilhado nessa relação entre pais e filhos desempenha um papel fundamental no futuro dessa criança em formação.

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Recentemente, em 21 de março, a importância da parentalidade positiva e do direito ao brincar foi reconhecida através da promulgação de uma lei, tornando-se não apenas uma diretriz familiar, mas também uma ferramenta a ser incorporada nas políticas públicas para combater a violência doméstica e familiar contra crianças e adolescentes. Essa medida foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União.

A psicóloga especializada em desenvolvimento infantil, Elisa Altafim, explica que essa estratégia é fundamentada em estudos científicos que demonstram o impacto das práticas parentais no desenvolvimento das crianças e em suas vidas adultas. Em outras palavras, quando os pais adotam abordagens positivas no relacionamento com seus filhos, estes têm maior probabilidade de se tornarem adultos mentalmente saudáveis e bem ajustados.

Para ilustrar essa abordagem na prática, o fotógrafo e professor universitário Lourenço Cardoso compartilha sua experiência de paternidade. Desde jovem, ele decidiu planejar e agir de maneira positiva no desenvolvimento e educação de seus filhos. Com base em seu conhecimento como antropólogo, ele e sua companheira, Nara Fagundes, discutiram como cuidariam e educariam suas crianças. “Eu decidi abrir mão de meus desejos em prol da formação deles”, relembra.

O casal, que tem dois filhos, João Moreno, de 12 anos, e Lia, de oito anos, adota uma abordagem de educação baseada no diálogo, na reflexão e sem o uso de punições. Lourenço explica que, embora tenham enfrentado desafios, especialmente na primeira infância de João, sempre mantiveram uma relação franca e racional, explicando as situações de forma clara e sem infantilizar as conversas. Segundo ele, reconhecer a criança como um indivíduo capaz de compreender e participar de um diálogo franco é essencial para seu desenvolvimento.

Essa autonomia no desenvolvimento, aliada a um ambiente seguro e livre de violência, como punições físicas, contribui para o crescimento saudável da criança. A nova lei propõe que esses fatores positivos sejam incorporados às políticas públicas, incentivando programas estruturados em níveis municipal, estadual e federal, que promovam a parentalidade positiva e ofereçam suporte às famílias.

Elisa ressalta que muitos pais enfrentam dificuldades em quebrar o “ciclo intergeracional de violência”, perpetuando práticas negativas que aprenderam em suas próprias famílias. Para ela, a nova legislação não apenas destaca a importância da parentalidade positiva, mas também incentiva a criação de programas que ofereçam suporte e capacitação às famílias, sem culpabilizá-las, e promovam a reflexão sobre suas práticas educativas.

Redação Revista Amazônia

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