Divulgação - SETUR
O Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, é mais do que uma data no calendário: é um convite à reflexão sobre a urgência de preservar o maior bioma tropical do planeta. No Pará, essa missão ganha corpo nos Parques Ambientais mantidos pelo Governo do Estado, espaços que unem conservação da biodiversidade, educação ambiental e turismo sustentável.
Atualmente, cinco municípios paraenses — Belém, Afuá, Monte Alegre, São Geraldo do Araguaia e Almeirim — abrigam unidades que se tornaram referência em preservação e lazer. Os parques são classificados como Unidades de Conservação de proteção integral, o que significa que não é permitido o estabelecimento de moradias dentro de suas áreas. Porém, em torno deles vivem comunidades tradicionais, como ribeirinhos, indígenas e quilombolas, que mantêm uma relação histórica e cultural com esses territórios.
Em Belém, o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, administrado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) em parceria com a Organização Social Pará 2000, recebeu mais de 320 mil visitantes apenas no primeiro semestre de 2025. O espaço oferece trilhas ecológicas, esportes de aventura, áreas de convivência, cafeterias e miradouros para contemplação da floresta. Em preparação para a COP30, que acontecerá em novembro na capital paraense, o parque passa por um ciclo de investimentos: construção de um novo Centro de Apoio ao Visitante com museu, auditório, cafés e áreas administrativas, além de melhorias em trilhas, sinalização e pontos de hidratação.
No Arquipélago do Marajó, o Parque Estadual do Charapucu preserva ecossistemas de várzeas e igapós praticamente intocados. Com áreas nunca exploradas, o parque cumpre papel estratégico ao proteger paisagens singulares e fomentar pesquisas científicas. Também atua como polo de turismo ecológico e de educação ambiental, aproximando visitantes das riquezas naturais do Marajó.
No Baixo Amazonas, o Parque Estadual de Monte Alegre é conhecido mundialmente por suas pinturas rupestres, que revelam fragmentos da história pré-colombiana na região. O local integra a lista do programa internacional 2022 World Monuments Watch, que reconhece patrimônios culturais de relevância global. A combinação de biodiversidade e arqueologia torna o parque uma das mais importantes referências culturais e ambientais da Amazônia.
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Já na região de Carajás, o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, destaca-se pela transição entre os biomas Amazônia e Cerrado. Localizado a apenas 20 quilômetros da área urbana, o parque guarda mais de 30 cachoeiras catalogadas, além de paisagens de rara beleza cênica, que fazem dele um atrativo turístico e de preservação ambiental.
Em Almeirim, o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, criado em 2024 dentro da Floresta Estadual de Paru, nasceu para proteger um verdadeiro gigante: o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), árvore que alcança impressionantes 88,5 metros de altura, considerada a maior da América Latina e uma das maiores do mundo. O anúncio de criação do parque foi feito pelo governador Helder Barbalho, e o espaço simboliza um marco para a proteção da biodiversidade em escala global.
Para Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio, a criação e gestão desses parques refletem uma estratégia que combina conservação e desenvolvimento sustentável: “O Parque das Árvores Gigantes simboliza um novo capítulo na proteção da nossa biodiversidade, que só será possível com a participação efetiva da sociedade e o trabalho integrado entre poder público e moradores locais”.
Esses cinco parques representam muito mais do que áreas protegidas. Eles são instrumentos de valorização da cultura amazônica, de fomento à pesquisa científica, de lazer saudável e de fortalecimento da economia verde. Em um contexto em que a Amazônia se torna cada vez mais central no debate climático global, a existência e o fortalecimento desses espaços traduzem o compromisso do Pará em alinhar preservação e prosperidade.
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