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Prospecção de Sistemas Agroflorestais no Pará pela Embrapa Cocais

 

A Embrapa Cocais, com foco em seus principais eixos estratégicos – bioeconomia, inovação social e sistemas integrados – está realizando uma prospecção técnica em regiões produtoras. O objetivo é coletar informações estratégicas que orientem as decisões sobre o futuro da Unidade.

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Entre 11 e 14 de março, a equipe visitou agricultores em Tomé-Açu (PA) para conhecer os sistemas agroflorestais de diferentes escalas, referência em produção sustentável na Amazônia. A equipe também explorou a pesquisa com sistemas integrados de produção e a cadeia agroindustrial local. A próxima visita será à região da Baixada Maranhense, de 25 a 28 de março.

Segundo Marco Bomfim, chefe da Embrapa Cocais, a Unidade vem expandindo sua atuação em rede com a Embrapa, agentes de C&T, instituições públicas e privadas, e sociedade civil organizada. O objetivo é construir um modelo de inovação aberta e social em rede, integrado às demandas agropecuárias, para diversificar fontes de recursos e fortalecer o desenvolvimento inclusivo e sustentável.

A conexão da ciência com o setor produtivo, onde a pesquisa ocorre nas áreas dos produtores e as inovações são validadas imediatamente, é um ponto importante observado em Tomé-Açu. A Embrapa Cocais pretende levar mais SAFs para o Maranhão e outros métodos de recuperação de áreas degradadas, entendendo o estado da arte, os desafios e a trajetória de consolidação. Os sistemas sustentáveis são priorizados na agenda de bioeconomia da Embrapa e da Embrapa Cocais.

Sistemas Agroflorestais

Os sistemas agroflorestais são tecnologias desenvolvidas pela Embrapa que otimizam o uso da terra com produção diversificada de alimentos numa mesma área. Eles integram árvores, culturas agrícolas e, às vezes, animais, de maneira simultânea ou sequencial. Os impactos sociais, econômicos e ambientais da tecnologia são bastante positivos.

No sistema agroflorestal, busca-se otimizar a ciclagem de nutrientes, mantendo o solo sempre coberto pela vegetação e com muitos tipos de plantas juntas, umas ajudando as outras. As plantas do sistema produzem matéria orgânica para alimentar os animais e adubar o solo, o que reduz a utilização de insumos externos, diminuindo os custos de produção. A tecnologia reduz a pressão pela abertura de novas áreas de terras para o cultivo agrícola.

A combinação de diferentes cultivos num sistema agroflorestal o torna mais vigoroso, desde que elaborado e manejado corretamente, e contribui para uma alimentação saudável dos agricultores familiares e consumidores, além do aumento da renda com a comercialização dos produtos.

Para saber mais sobre a missão técnica e os SAFs no Pará, acesse: “Sistemas Agroflorestais do Pará são exemplos de produção sustentável na Amazônia”.

Redação Revista Amazônia

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