A Agropalma, uma das maiores produtoras de óleo de palma do Brasil, tem se destacado por suas iniciativas de sustentabilidade, mas também enfrenta desafios significativos em diversas frentes. O Relatório de Sustentabilidade 2022/23 da empresa oferece um panorama detalhado de suas práticas ambientais, sociais, de governança e inovação. Nesta reportagem especial, abordamos quatro pilares essenciais da atuação da Agropalma: impacto ambiental e sustentabilidade, programas sociais e envolvimento comunitário, gestão corporativa e desafios enfrentados, e inovação e tecnologia na produção de óleo de palma.
Ao longo dos anos, a indústria do óleo de palma tem sido alvo de intensos debates sobre seus impactos ambientais e sociais. A Agropalma, ciente dessas questões, tem investido fortemente na implementação de práticas sustentáveis, buscando aliar crescimento econômico à responsabilidade ambiental e social. Neste artigo, examinamos como a empresa vem atuando para se consolidar como referência no setor e os desafios que ainda precisa superar.
A Agropalma possui a maior área de conservação entre os produtores de óleo de palma do mundo, com 64.000 hectares de florestas protegidas, representando quase 60% de suas terras. Essa reserva é monitorada e protegida por equipes especializadas, garantindo a preservação da biodiversidade e a manutenção do equilíbrio ecológico da região amazônica. A preservação dessas áreas não apenas contribui para a mitigação dos impactos ambientais da produção de óleo de palma, mas também reforça o compromisso da empresa com a responsabilidade socioambiental.
Para reforçar o compromisso ambiental, a Agropalma implementou o projeto REDD+ Ararajuba, voltado à redução de emissões de carbono e ao combate às mudanças climáticas. Esse projeto, com duração prevista de 30 anos, foca especialmente em 14.000 hectares de floresta sob alto risco de desmatamento e visa evitar emissões de aproximadamente 6,7 milhões de toneladas de CO2e no período. A parceria com a Biofílica Ambipar e outras instituições tem sido fundamental para viabilizar essa iniciativa. Além da compensação de emissões, o projeto busca gerar impacto positivo para as comunidades locais, promovendo alternativas econômicas sustentáveis.
Outro ponto relevante é a redução do uso de agroquímicos. Desde 2019, a Agropalma conseguiu diminuir em 75% a utilização de glifosato, uma meta que faz parte de sua política de práticas agrícolas sustentáveis. A adoção de métodos alternativos de controle de pragas e o fortalecimento de técnicas de manejo integrado têm sido essenciais para reduzir a dependência de produtos químicos. Além disso, a empresa avança na adoção de fertilizantes orgânicos e no tratamento de efluentes industriais para minimizar impactos ambientais.
A preservação dos recursos hídricos também faz parte do compromisso da Agropalma. A empresa investe continuamente em ações para proteger nascentes e cursos d’água dentro de suas propriedades, garantindo a qualidade da água utilizada em seus processos industriais e promovendo o uso racional desse recurso essencial. O monitoramento contínuo da qualidade da água e a implementação de medidas para reduzir o consumo hídrico são práticas fundamentais dentro da política ambiental da empresa.
A Agropalma também se destaca em iniciativas voltadas para o desenvolvimento comunitário. O programa SOMAR, desenvolvido em parceria com a ONG Earthworm Foundation, tem sido uma ferramenta importante para aproximar a empresa das comunidades locais. Com a participação ativa de mais de 500 moradores de 33 vilarejos próximos, foram desenvolvidas 43 ideias de projetos voltados para educação, infraestrutura, meio ambiente, saúde e bem-estar.
Outro programa relevante é o suporte a pequenos produtores. Os agricultores familiares integrados ao programa da Agropalma tiveram um aumento significativo em sua renda, ultrapassando em mais de 100% a média da renda per capita brasileira. Isso tem sido essencial para a melhoria da qualidade de vida dessas famílias e para o fortalecimento da cadeia de produção sustentável. A empresa oferece suporte técnico e incentivos para garantir que esses pequenos produtores possam adotar boas práticas agrícolas e melhorar sua produtividade de maneira responsável.
A questão da diversidade também é uma prioridade para a empresa. Atualmente, 21% dos funcionários da Agropalma são mulheres, um avanço considerável em comparação com 2018, quando o percentual era de apenas 12%. No programa de formação profissional em mecânica, elétrica e eletromecânica realizado em Tailândia (PA), 50% dos participantes são mulheres. Além disso, a empresa tem trabalhado para aumentar a inclusão de grupos historicamente sub-representados no setor agrícola, promovendo capacitações e ampliando oportunidades de emprego.
A Agropalma tem uma estrutura de governança corporativa robusta, que inclui um conselho de administração experiente e um conjunto de certificações rigorosas para garantir a transparência e a responsabilidade socioambiental. Entre as certificações, destacam-se a RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil), a certificação orgânica e a adoção dos princípios do Pacto Global da ONU.
Entretanto, a empresa enfrentou desafios significativos, como a perda temporária da certificação RSPO de cinco de suas seis unidades devido a questionamentos sobre documentação fundiária. A suspensão afetou a reputação da Agropalma no mercado e exigiu a revisão de seus processos internos para atender às exigências da certificação. A empresa reafirma seu compromisso com a transparência e busca reforçar suas práticas para evitar novos problemas relacionados a certificações no futuro.
Outro desafio enfrentado foi a ocorrência de invasões em suas terras. Em 2022 e 2023, grupos reivindicaram parte das áreas da Agropalma, alegando direitos históricos sobre as terras. A empresa buscou resolver os conflitos de forma pacífica, por meio de mediação judicial e diálogo com as comunidades envolvidas, mas os impactos ainda são sentidos em sua operação e imagem institucional.
A Agropalma investe significativamente em pesquisa e desenvolvimento, sendo pioneira em várias inovações no setor de óleo de palma. Um dos maiores avanços recentes foi a criação do primeiro laboratório de clonagem de mudas não transgênicas do Brasil, localizado em Belém (PA). Esse projeto busca desenvolver variedades mais produtivas e resilientes ao clima, reduzindo a dependência de fertilizantes e aumentando a eficiência agrícola.
Além disso, a empresa tem investido na mecanização da colheita e na melhoria dos processos industriais para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Um exemplo é a substituição de caminhões movidos a diesel por veículos a gás natural, contribuindo para a meta de reduzir em 50% suas emissões operacionais até 2030.
Olhando para o futuro, a Agropalma busca consolidar sua posição como referência em sustentabilidade no setor de óleo de palma no Brasil. Entretanto, a empresa ainda precisa enfrentar desafios relacionados à transparência, governança e adaptação às mudanças climáticas. Com investimentos contínuos em tecnologia, práticas agrícolas mais eficientes e um diálogo mais próximo com as comunidades, a Agropalma pretende reforçar seu impacto positivo no meio ambiente e na sociedade.
A capacidade da empresa de se reinventar e se adaptar às exigências do mercado e da legislação será determinante para sua sustentabilidade a longo prazo. Para saber mais sobre as iniciativas e compromissos da Agropalma, acesse o relatório completo em: https://www.agropalma.com.br/sustentabilidade.
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