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Seca severa atinge cinco importantes bacias hidrográficas no Brasil

 

A seca que afeta diversas regiões do Brasil nos últimos meses perdeu intensidade, mas ainda persiste com grandes consequências. Pela primeira vez em mais de cem anos de monitoramento, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou estado de escassez hídrica em cinco grandes bacias hidrográficas do país. Entre elas estão os rios Madeira, Purus, Tapajós e Xingu, afluentes do Amazonas, e o rio Paraguai, que atravessa o Pantanal sul-mato-grossense.

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Seca nos rios Madeira, Purus, Tapajós, Xingu, afluentes do Amazonas, e Paraguai

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De acordo com a reportagem, além do rio Madeira, que já havia enfrentado uma situação semelhante em anos anteriores, os demais rios experimentam um cenário inédito, nunca registrado desde o início das medições, no começo do século XX. A área afetada pela escassez hídrica ultrapassa 2,2 milhões de quilômetros quadrados, o que representa mais de 25% do território nacional.

Pior seca em um século

Veronica Sánchez, diretora-presidente da ANA, explicou que a região Norte do Brasil enfrenta a pior seca dos últimos cem anos, com exceção do rio Madeira. “Observamos o comportamento cíclico das águas, mas nunca enfrentamos uma situação tão grave quanto a que ocorreu agora”, afirmou.

O acompanhamento da situação hídrica no Brasil enfrenta ainda desafios adicionais. A ANA opera 23 mil estações de monitoramento hidrológico em todo o país, mas está sem estoque de equipamentos devido à falta de recursos, situação agravada por um corte de R$ 43 milhões no orçamento no início do ano.

Previsão

A previsão é de que a seca continue com grande intensidade na região Norte, especialmente nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), esses estados devem enfrentar um cenário de seca extrema em dezembro. Cerca de 25 municípios da região devem sofrer um déficit de chuva e umidade do solo três vezes maior do que o previsto, intensificando ainda mais os impactos dessa seca prolongada.

Redação Revista Amazônia

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