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Sirius, a fonte síncrotron brasileira, será tema da 4ª Conferência FAPESP

Agência FAPESP – Pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e de Utah, nos Estados Unidos, desenvolveram metodologia para analisar interações entre proteínas e metabólitos que promete facilitar descobertas relacionadas a doenças e tratamentos. Para chegar aos resultados publicados na Science, eles utilizaram uma poderosa ferramenta de pesquisa: a Manacá, uma das linhas de luz de cristalografia de macromoléculas do Sirius, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (leia mais em: agencia.fapesp.br/41572/).

Sirius também revelou a pesquisadores apoiados no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) a impressão digital de biomoléculas em estudo sobre bactérias inibidoras do crescimento do fungo responsável pela doença conhecida como podridão do abacaxi, que ataca canaviais. E ajuda pesquisadores do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) a compreender o processo de retenção de carbono no solo e a quantificar emissões (leia mais em: agencia.fapesp.br/38145/# e agencia.fapesp.br/38333/).

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Inaugurado em 2019, e instalado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país e uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron em todo o mundo. As novas possibilidades de investigação que esse equipamento abriu para a pesquisa brasileira serão o tema da 4ª Conferência FAPESP 2023, a ser proferida pelo diretor do LNLS, Harry Westfahl Junior, no dia 25 de agosto.

Físico, pós-doutorado na Universidade de Illinois e no Ames Laboratory do Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos, Westfahl Junior é especialista no uso da radiação síncrotron para o estudo de materiais, principalmente polímeros e materiais magnéticos, e no desenvolvimento de instrumentação para radiação síncrotron.

Além de falar sobre a operação desse equipamento – que possui em seu núcleo aceleradores de partículas de última geração, capazes de produzir e controlar o movimento de elétrons em velocidades próximas à velocidade da luz e gerar a luz síncrotron –, Westfahl Junior também vai mostrar a contribuição que Sirius oferece para a solução de grandes desafios científicos e tecnológicos, como o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para doenças, novos fertilizantes, espécies vegetais mais resistentes e outras tecnologias para a agricultura, fontes renováveis de energia, entre muitas outras aplicações, com potencial para gerar grandes impactos econômicos e sociais.

Em sua primeira fase de operação, Sirius terá 14 estações experimentais: seis já em plena operação, cinco em comissionamento científico, duas estão em montagem e uma em fase de projeto. No futuro, poderá comportar até 38 linhas de luz.

A conferência será moderada pelo professor Oswaldo Baffa Filho, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP).

Interessados podem se inscrever pelo site da FAPESP. O evento será no Auditório da FAPESP, rua Pio XI, 1.500, Alto da Lapa, São Paulo, das 10h às 11h30 horas.

Mais informações: fapesp.br/16181/.

Redação Revista Amazônia

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