A piracema é uma estratégia reprodutiva adotada por diversas espécies de peixes. Durante esse período, a pesca dessas espécies precisa ser interrompida para proteger a fauna aquática e permitir o crescimento e a reprodução dos peixes. Paula Maria Gênova, pesquisadora científica do Instituto de Pesca, destaca que essa medida é uma política pública necessária para a sustentabilidade dos recursos pesqueiros.
Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), concorda com essa visão. Ele explica que as universidades e os órgãos de pesquisa monitoram a ictiofauna da região durante todo o ano para determinar quando os peixes começam a entrar em reprodução. Com base nessa informação, o defeso é decretado e dura até que mais de 80% dos peixes tenham concluído seu período de reprodução.
Para apoiar os pescadores artesanais que dependem exclusivamente da pesca durante o período de defeso, o governo oferece o Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA), popularmente conhecido como “seguro-defeso”. Este benefício corresponde a um salário mínimo pago pelo INSS e será concedido a 102.899 pescadores que residem nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Pará.
O valor total do benefício chegará a R$ 271.653.360,00 e será pago enquanto durar o defeso, com um limite máximo de cinco meses. O benefício será disponibilizado na Caixa Econômica Federal.
Existem alguns requisitos para que os pescadores tenham direito ao benefício:
Juliano Conegundes Reis, pescador artesanal desde 2013, ressalta a importância de respeitar o ciclo da natureza para a reprodução dos peixes. Ele também enfatiza que os pescadores não querem ir além do que é permitido e necessário. “A gente vive da pesca e é um direito concedido pelo governo. É muito importante para nós ter um retorno da pausa da pesca, do respeito à pesca no período da piracema e muito importante para todos terem a consciência de que ser pescador não é ser predador”, afirma.
Em suma, a pesca artesanal e o seguro-defeso formam uma rede de sustentabilidade que beneficia tanto os pescadores quanto o ecossistema aquático. Ao respeitar o ciclo de vida dos peixes e fornecer apoio financeiro aos pescadores durante o período de defeso, é possível garantir a continuidade dessa prática econômica vital de uma maneira ecologicamente responsável.
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