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A Terra está se abrindo no fundo do Oceano Pacífico

A descoberta contraria a ideia amplamente aceita de que essas placas se mantêm rígidas até o momento em que uma mergulha sob a outra.

O estudo, publicado no Advancing Earth and Space Sciences, analisou quatro grandes platôs submarinos: Ontong Java, Shatsky, Hess e Manihiki.

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Os pesquisadores encontraram sinais de rachaduras, falhas e estiramento nessas regiões, indicando que a deformação ocorre durante o deslocamento pelo oceano.

Novas descobertas do Oceano Pacífico desafiam a compreensão convencional da tectônica de placas. Acreditava-se anteriormente que as placas oceânicas permaneciam rígidas durante a deriva das placas e só sofriam deformação em zonas de subducção. No entanto, evidências geológicas e geofísicas dos planaltos oceânicos Ontong Java, Shatsky, Hess e Manihiki sugerem que a deformação extensional é uma ocorrência comum durante a deriva das placas. Esses planaltos, que são regiões mais fracas da litosfera oceânica, são mais suscetíveis à deformação tectônica. Por meio de modelos geodinâmicos numéricos, demonstramos que a força de tração da placa exercida por limites distantes de placas de subducção pode efetivamente causar extensão substancial nesses planaltos oceânicos. Este estudo revela uma presença significativa de deformação intraplaca oceânica associada à fábrica de subducção do Pacífico Ocidental.

Até então, acreditava-se que as placas tectônicas permaneciam estruturadas até se aproximarem das zonas de colisão. A nova pesquisa sugere que essas formações rochosas, especialmente em áreas de crosta mais espessa, são mais suscetíveis a danos ao longo do trajeto.

Os autores do estudo apontam que essa fragilidade resulta da interação entre as placas e a força exercida pelas zonas de subducção, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Esse processo pode gerar movimentações sísmicas, embora menos intensas do que as registradas em áreas como o Japão, onde ocorrem subducções diretas.

A possibilidade de tsunamis decorrentes dessa deformação foi considerada baixa, já que os eventos ocorrem no meio do oceano, distante de áreas habitadas. Entretanto, os pesquisadores destacam que a dinâmica das placas tectônicas no Pacífico precisa ser monitorada para compreender melhor os impactos a longo prazo.

O que está causando a divisão do Oceano Pacífico?

Sim, e não é pouca coisa. O grande problema aqui é que essas placas estão sendo puxadas, pressionadas e torcidas muito antes de qualquer impacto direto no Oceano Pacífico.

Cientistas acreditam que essa fragilidade vem da interação entre as próprias placas e as forças gigantescas exercidas pelas zonas de subducção, mesmo a milhares de quilômetros de distância. É como se um carro já estivesse amassado antes mesmo de bater em outro.

O que está acontecendo é um jogo de forças que não podemos ver, mas que estão lá, trabalhando o tempo todo. À medida que as placas deslizam pelo fundo do Oceano Pacífico, elas sofrem alongamento e compressão constantes. O resultado? Rachaduras, falhas e deslocamentos antes mesmo de atingirem o “ponto de colisão”.

Risco de terremotos e tsunamis? O que esperar

Se as placas no Oceano Pacífico já estão enfraquecidas antes da subducção, faz sentido que isso possa gerar tremores no meio do oceano, certo? E é exatamente essa a possibilidade que os cientistas estão estudando agora.

A boa notícia é que, por enquanto, esses tremores parecem ser de baixa intensidade, bem diferentes dos terremotos gigantes que ocorrem em lugares como o Japão.

Os especialistas acreditam que o risco de tsunamis continua baixo. Como essas rachaduras estão ocorrendo no meio do Oceano Pacífico, longe das costas, é improvável que gerem ondas gigantes que possam atingir cidades.

Redação Revista Amazônia

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