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Cocirculação do Vírus mayaro e chikungunya em Roraima

Vírus mayaro e chikungunya no Estado de Roraima

Um estudo recente revelou a cocirculação dos vírus mayaro e chikungunya no estado de Roraima, desafiando as expectativas dos cientistas que previam uma exclusão mútua devido ao alto compartilhamento antigênico. A pesquisa, liderada por José Luiz Proença-Modena da Unicamp, destaca a importância de uma vigilância epidemiológica mais eficaz na região.

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Mosquito transmissor de vírus
Circulação do vírus mayaro e chikungunya em Roraima

Contrariando a hipótese de que a presença de um vírus impediria a do outro, os pesquisadores encontraram ambos os vírus nas mesmas áreas, embora não tenham sido registrados casos de dupla infecção. Julia Forato, coautora do estudo, enfatiza a necessidade de diagnósticos precisos, como o RT-PCR, para diferenciar as doenças que apresentam sintomas semelhantes.

Transmissão do vírus mayaro

Transmissor do vírus mayaro

A transmissão do vírus mayaro, historicamente veiculada por mosquitos silvestres, pode se expandir para áreas urbanas devido ao desmatamento e atividades ilegais como o garimpo. O estudo aponta que trabalhadores florestais, incluindo pescadores, podem ser vetores potenciais para a introdução do vírus em centros urbanos.

Proença-Modena ressalta a necessidade de uma vigilância molecular e genômica robusta para monitorar a circulação viral e prever surtos, considerando o impacto significativo dessas doenças na saúde pública e na economia.

Projeto Amazônia+10

Projeto Amazônia+10

O projeto Amazônia+10, que originou o artigo, investiga o impacto da atividade humana na circulação viral na Amazônia Legal. A iniciativa conta com a colaboração de várias instituições e apoio da FAPESP, visando promover o desenvolvimento sustentável da região.

A análise de amostras coletadas entre 2018 e 2021 forneceu um panorama dos arbovírus em Roraima, com 23,1% das amostras testando positivo para algum arbovírus. A pesquisa identificou uma alta prevalência de dengue e a cocirculação de mayaro e chikungunya, além de sugerir a possibilidade de novos vírus ainda não identificados.

 

Pesquisa da UNICAMP

Importância da vigilância epidemiológica

Este estudo é um chamado à ação para uma vigilância aprimorada, essencial para proteger a saúde pública e responder efetivamente a ameaças virais emergentes. O artigo completo está disponível para consulta online.

Importância da vigilância epidemiológica
Redação Revista Amazônia

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